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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O "Novo" Aeroporto

Segundo a revista especializada em turismo "BrasilTuris", a construção do novo aeroporto de Ilhéus são favas contadas. Leia aqui.

Que notícia excelente, não? Já está em fase de projeto, com orçamento de R$147 milhões!

Seria, se eu não me encontrasse com aquele meu amigo sacana, o Algo. Algo então me diz que não há licença ambiental, não há orçamento previsto em nenhuma rubrica do governo federal - nem da Infraero - e que a própria revista não cita a fonte de onde obteve a informação.

Algo me diz que não é muito salutar acreditar em notícias assim, tão rápido. Uma pequena verificação nas fontes das informações é sempre útil.

E lá, algo me diz, não se encontra nada alvissareiro a respeito do novo aeroporto de Ilhéus.

Nem do velho, tampouco.

Deve ser como A ZPE. A de Ilhéus foi a primeira a ser aprovada, que orgulho!

Mas até agora nunca saiu do papel, enquanto os ilheenses assistimos as outras começarem a se concretizar.

Tá ficando difícil acreditar em promessas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Faz Sentido

Se o establishment econômico não mudar, toda ajuda financeira que for passada ao Haiti vai para o pagamento de Juros da enorme dívida externa daquele país.

Como aconteceu com vários países da África nos anos 80.

Leiam mais aqui.

E assinemos todos uma petição internacional para o perdão incondicional da dívida daquele país, dando àquele povo uma chance real de recomeçar.

Clique aqui.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ernesto, meu rapaz

Nostalgia para os que viveram a infância nos anos 70 e 80 na Bahia.

Propaganda das óticas Ernesto. Todas premiadíssimas.

Não sei nem se ainda exitem as "Óticas Ernesto". Acho que já não vendem mais óculos.

Mas no meu imaginário ficou o inocente romantismo e o saudável bom humor de dois comerciais clássicos.





Ernesto, Meu Rapaz!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Voz da Razão

O texto do Sr. Elias Reis (leia aqui) que foi publicado no Blog do Gusmão é mais do que um mero texto de apoio ao projeto do Complexo Intermodal.

Textos apoiando e criticando veementemente o projeto estão por aí, em blogs e sites de notícias, além dos portais de ONGs de Ilhéus e região.

O que há então para se exaltar no texto do Sr. Elias é o espaço que ele dá à Razão. O texto apresenta dados difíceis de serem digeridos. Mostra uma Ilhéus que nenhum dos ilheenses – naturais ou adotados – gosta de ver. Mostra a cidade com bolsões de pobreza crescentes, com baixíssimos níveis de emprego e renda, índices de prostituição (infantil inclusive) e tráfico de drogas crescente. É tudo isso que, compilado, dá a Ilhéus um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) baixíssimo.

E é realmente uma coisa ruim de ouvir e ler. Ofende o orgulho dos ilheenses. Eu mesmo, ilheense adotado, fico profundamente triste ao ler coisas assim. Portanto, as reações ao texto do Sr. Elias foram, em parte, as previstas: pessoas se indignando, e defendendo a cidade que amam.

Ocorre que não se deve matar o mensageiro porque a mensagem traz uma notícia ruim; o mensageiro não tem culpa e a notícia não melhora.

Mesmo que algumas pessoas execrem o Sr. Elias e outros (eu inclusive), que apontam o dedo para os problemas e para o futuro negro que se desenha à frente de Ilhéus, caso os rumos não mudem, os fatos não mudarão. Ilhéus continuará empobrecendo, seus índices sociais continuarão piorando, sua estrutura urbana continuará se deteriorando. Simples – e duro – assim.

Por isso o mérito do texto do Sr. Reis. Não é um “Sim ao porto porque ele vai salvar Ilhéus”, argumento falacioso que já se lê por aí. Assim como se lê “Não ao porto porque ele vai acabar com o meio ambiente”, argumento igualmente falacioso.

O Sr. Reis dá um diagnóstico (que aliás não é novo). E um prognóstico. E aponta o Complexo Intermodal como uma solução possível – mas cuja execução precisa ser devidamente acompanhada – para que o prognóstico não se concretize.

Parece mesmo com um paciente num hospital. Diagnosticada a infecção, o antibiótico está à disposição. Deve ser administrado com os cuidados devidos, para que se evitem os efeitos colaterais.

Mas sem o remédio, o paciente morre.

E parece que não demora muito.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ah se fosse em Ilhéus!

Uma das coisas que mais afastam o bom turista - o turista ordeiro, que vem visitar uma cidade como curioso, interessado em sua cultura, em suas belezas e em sua história, do mal turista, aquele que é um parasita - é a relação que ele tem com o respeito ao próximo.

A poluição sonora que alguns automóveis, templos religiosos, bares e até mesmo residências impõem aos demais cidadãos (turistas ou não) é algo típico de pessoas com nível de respeito muito baixo. Seja pelos demais, seja pela cidade em que vive ou visita. Não é um cidadão, é um incômodo. Não é um turista, é uma doença.

Aqui neste blog mantemos a campanha "O Meu Ouvido Não é Penico", para tentar sensibilizar a todos a esse respeito. Mas, que tenha chegado ao conhecimento público, pouco ou nada se vê em forma de ação das autoridades a respeito.

Diferente de outras cidades. Salvador, por exemplo. Como se vê na matéria abaixo.



Quando vamos ver Ilhéus cuidar de seus cidadãos, e tratar de se aliar ao bom turismo, excretando elementos inúteis e incômodos, como os agentes da poluição sonora?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Observatório da Imprensa

A perda de poder da "Grande" mídia, que vem sendo contestada e está assistindo à migração do poder, que já possuíu totalmente (e ainda possui muito), de formação da opinião pública para um ambiente mais plural e democrático - a internet - é um tema recorrente neste blog.

Aqui cito um texto extraído do Observatório da Imprensa, onde jornalistas analisam, criticam e opinam sobre a própria imprensa (pessoalmente recomendo a todos assistirem ao programa na TV Cultura) frente aos fatos e notícias.

O autor, Carlos Castilho, discute (leia aqui) como blogs (e twiters, fóruns de discussão etc.) permitem uma visão mais plural de todas as questões e com isso os leiores começam a ver a "Grande" imprensa não apenas como órgãos de informação, mas como parte interessada das notícias que veiculam.

"
Protagonismo dos blogs muda contexto da campanha eleitoral na mídia
Postado por Carlos Castilho em 11/1/2010 às 13:39:01

A polêmica sobre o 3º Programa de Defesa dos Direitos Humanos mostra que um novo processo político está ganhando corpo na sociedade brasileira diante das debilidades, indefinições e descrédito que afetam algumas instituições do Estado brasileiro.

O debate está passando ao largo de instituições como o Congresso nacional cujo descrédito abriu espaço político para a participação de novos atores como os weblogs, twitters e fóruns de discussão pela internet.

A discussão virtual está ganhando mais relevância diante do aumento do número de leitores de jornais que passam a ver a imprensa não como um facilitador ou mediador do debate, mas como parte interessada.

A opinião pública demonstra nítidos sinais de orfandade em matéria de espaços políticos convencionais, porque os partidos políticos foram transformados em agências de empregos públicos distribuídos por critérios eleitorais.

O debate sobre o Programa de Defesa dos Direitos Humanos é apenas a ponta de um iceberg que começa a ganhar corpo e cuja face visível é uma radicalização crescente dos segmentos mais conservadores, ao constatar que as instituições formais já não funcionam mais como escudo protetor de suas propostas.

O mundo da blogosfera mostra outra face. Nela os desiludidos da mídia convencional criam o seu próprio canal de publicação de idéias numa inédita convivência, nem sempre pacífica, com os blogs conservadores.

A polêmica, que pode ser acompanhada por meio de simples buscas sobre os principais temas em debate no Google ou no Twitter, mostra o surgimento da internet como um novo ambiente político onde os participantes são ao mesmo tempo atores e público. É esta dupla funcionalidade que gera tanta participação, como pode ser visto até aqui no Observatório, nos comentários postados por leitores.

O debate sobre o ato falho de Boris Casoy, por exemplo, foi muito mais intenso na blogosfera do que na mídia convencional. É claro que a imprensa se deixou levar pelo corporativismo para minimizar o episódio, mas por outro lado, o patrulhamento blogueiro foi implacável com o infeliz comentário do apresentador do telejornal da Band.

Esta tendência à polarização deve ganhar novo combustível na medida em que a campanha eleitoral ganhar mais intensidade. Tudo indica que teremos dois espaços para o debate político:

1) O convencional, onde os segmentos mais conservadores devem predominar, porque é o que lhes resulta mais familiar e influenciável;

2) A Web é o outro espaço para interatividade política, onde é nítida uma maior movimentação dos setores mais liberais, e principalmente dos mais jovens.

Esta segmentação de espaços políticos é inédita em nossa história eleitoral já que pela primeira vez setores que nunca tiveram acesso direto à mídia tem agora a sua disposição uma plataforma barata para publicar idéias e propostas.

É possível prever que a grande batalha por corações e mentes nas próximas eleições presidenciais será travada na internet porque também os políticos convencionais pretendem usá-la em beneficio próprio.

Mas ela terá características bem diferentes das ocorridas na mídia tradicional em pleitos anteriores. O grande diferencial é a impossibilidade de monitorá-la, dado o seu caráter descentralizado e horizontal. Assim fica difícil dizer que tal candidato ou tal partido tem maioria das preferências na Web porque será impossível medir tendências como acontece com as pesquisas de opinião, tipo IBOPE ou DataFolha.

A fragmentação e dispersão dos atores políticos na Web, em especial na blogosfera, é uma porta aberta à radicalização, o que é um fator preocupante embora quase inevitável. Faz parte da alfabetização política na Web, assim como aconteceu no passado com os comentários agressivos e xenófobos em weblogs.

O importante é verificar que as regras do jogo político na Web não são as mesmas que vigoram no debate via jornais, rádios e televisão. Nestes, o público é um espectador, enquanto na Web, mesmo sendo ela privilégio de uma minoria de brasileiros, o cidadão comum é um protagonista, em termos de mídia. Isto faz muita diferença. "

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Vá à fonte

Excelente texto de Claudio Lembo, extraído do Terra Magazine. O original pode ser lido aqui.

Bom antídoto contra os que estão tentando "empurrar" uma visão única - muitas vezes deturpada - do PNDH (Plano Nacional dos Direitos Humanos).

Da Terra Magazine
Vá à fonte
Cláudio Lembo

De São Paulo

Uma grande celeuma. Por pouco. O Governo Federal editou nos últimos dias de dezembro – mais precisamente no dia vinte e um daquele mês – extenso e estranho documento.

Estranho por indicar, com grandiloqüência, processo que se desenvolve continuamente, graças à instauração da democracia nos anos oitenta. A sua evolução é normal, apesar de núcleos reacionários contrários.

Este documento legal denomina-se PNDH-3. É o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos. Arrola temas comuns nos debates acadêmicos e presentes nos meios de comunicação.

Aqui e ali, utiliza linguagem marcada por uma deformação ideológica oriunda dos anos 60. Isto, porém, não incomoda. Indica, apenas, que seus autores, um dia, procuraram ser agentes da utopia.

Ora, quem lê, sem preconceitos, o documento presidencial constatará que ele enfoca temas que, necessariamente, deverão ser abordados pela sociedade e, depois, analisados pelo Congresso Nacional.

Em uma sociedade com conflitos sociais latentes, onde poucos dominam, pelas mais diversas formas, a grande maioria, preservando-a em situação alarmante, apontar temas para o debate é essencial.

Claro que alguns tópicos arrolados, no documento, à primeira vista, se assemelham descabidos. O uso de símbolos religiosos em recintos públicos da União, por exemplo.

A tradição cultural brasileira sempre aceitou – sem contestação, ainda porque a imensa maioria da sociedade pertencia a uma única religião – a afixação de símbolos religiosos em locais oficiais de trabalho.

Hoje, a formação da sociedade alterou-se. São inúmeras as confissões religiosas e as novas crenças que se acresceram ao cenário social do País. Antes que conflitos surjam, é bom que um Estado laico trate do tema.

Outros assuntos versados também parecem extravagantes. A verdade, no entanto, que eles permeiam a sociedade, apesar de alguns poucos quererem vê-los como descabidos.

Examinem-se alguns poucos. A situação das prostitutas no contexto social. Marginalizadas. Usadas como objetos. Repudiadas como seres fora da normalidade. Posição anti-social inaceitável.

A questão da homo-afetividade, já tratada por muitos países, inclusive pelos seus parlamentos – como aconteceu na última semana na Assembléia da República portuguesa – e na penumbra por aqui.

Há temas que causam aflição e desconforto permanente. Nem por isto não devem ser trazidos à tona e debatidos, a partir das inúmeras posições religiosas e visões, morais.

A eutanásia não pode ser esquecida. Até onde vai a vontade de familiares e médicos em manter a vida vegetativa? É moral manter a vida de quem se encontra condenado pela plena falência biológica?

O aborto criminalizado pela nossa lei penal e, assim, levando, particularmente, à mulher todo o ônus da condição humana, deve ser cinicamente omitido entre os problemas da sociedade?

Claro que estes assuntos, no campo moral, sempre causam repulsas. Nem por isto, porém, devem deixar de ser examinados e debatidos pela sociedade. Permanecer estagnados é que se mostra grave.

No campo político, o documento legal mostra-se limitado. Quer analisar o Estado Novo e os acontecimentos de 1964. Bom e oportuno. Mas violência ocorre no Brasil desde 1500. A colonização foi um ato de força.

São tantas e tão diversas as questões inseridas no Terceiro Programa Nacional dos Direitos Humanos que se torna difícil uma análise mais abrangente de seu conteúdo.

Contudo, oportuno notar que sua formatação não contém nenhuma força coercitiva. Trata-se apenas de um roteiro para futuros exercícios de cidadania.

Os professores, acostumados a ler os trabalhos contemporâneos de seus alunos, constatarão que o documento parece produto de uma tarefa própria de um exercício de informática.

Origina-se de uma longa atividade de coleta de dados, sem que isto aponte para qualquer vício cometido pelos seus autores. Na verdade eles foram a trabalhos concretizados pela União Européia, ultimamente.

Antes, contudo, nos anos sessenta, os temas consolidados mereceram grande explicitação nas universidades norte-americanas e, por aqui, em vários organismos privados de pesquisa e extensão.

O melhor, no caso do decreto n. 7.037, de 21 de dezembro de 2009, é o acesso ao texto integral pelo cidadão responsável. Faça este a sua própria análise do documento.

Ganham os direitos humanos, afastam-se as interpretações facciosas. Não ouça terceiros. Vá à fonte. É melhor e mais seguro.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Quem era ele?

Para alguns desavisados que me mandaram e-mails indignados, referindo-se a Michael Schumacher como o cara que venceu "apenas por ter o melhor carro" ou então "sempre usando as estratégias de paradas de box".

Uma falta de respeito com a história e a verdade.

Como disse na postagem anterior (leia aqui), não sei se ele ainda é o grande Michael Schumacher. Mas que não se ponha dúvidas sobre seu tamanho: o Maior de Todos.

Um mero exemplo. Mas para entendê-lo é necessário que se situe o contexto.

Grande Prêmio da Bélgica, 1995. Michael guiava uma Benetton, e Damon Hill, contra quem Michael que disputava prova a prova o título da temporada, seguia a bordo de uma Williams.

A corrida seguia normalmente, com Damon abrindo vantagem sobre Michael, impotente em seu equipamento inferior. Até que São Pedro resolveu por pimenta - aliás água - na disputa.

Alguns momentos de chuva. Que apenas umedeceram a pista. Damon Hill escolheu usar a vantagem que havia conseguido enquanto a pista estava seca e trocar os pneus, saindo dos boxes com compostos para pista molhada. Schummy, por sua vez, resolveu arriscar.

A partir daí virou um jogo direto: como a chuva estava passando, era uma questão de tempo até a pista secar novamente. Cabia a Damon Hill aproveitar as voltas em que a pista estava molhada para, usando seus pneus de pista molhada, ultrapassar Schumacher e, em seguida, abrir vantagem. Damon teria que ultrapassá-lo rápido para que pudesse conseguir distanciar-se o suficiente para que, quando a pista secasse, pudesse fazer uma nova parada, substituindo seus pneus pelos de pista seca, e ainda voltar à frente do rival.

Ao mesmo tempo, cabia a Michael a tarefa de, com pneus para pista seca e guiando no molhado, atrasar ao máximo a ultrapassagem de Damon Hill, de forma que ele não tivesse tempo para abrir o suficiente após superá-lo.

Vejam do que era capaz esse Michael Schumacher.



No final, devido à volta e meia perdida atrás de Michael, Damon não conseguiu abrir a vantagem necessária, e quando a pista secou teve de parar nos boxes novamente. Schummy venceu, com Hill em segundo.

Foi mais um Show de Michael Schumacher!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Será que ele (ainda) é?

A recente confirmação de Michael Schumacher na equipe Mercedes-Petronas (ex Brawn) para a temporada 2010 deixou muitos surpresos, outros felizes, outros frustrados.

Surpresos pelo retorno de um multi-campeão, que já conquistou tudo o que um piloto poderia sonhar na carreira e que, em tese, não deveria estar mais motivado a entrar num carro e acelerar de verdade.

Felizes os que compõem a enorme legião de fãs do maior piloto que o mundo viu guiando na Fórmula 1 nos últimos 50 anos. Comparável apenas ao argentino Juan Manuel Fangio.

Frustrados os que desejam ver a renovação da Fórmula 1, com o surgimento de novos gênios, talentos a serem lapidados e desenvolvidos. Se o tedesco continuar sendo o “velho” Michael, então não vai sobrar espaço pra ninguém. Como não sobrava, enquanto ele destruía todos os adversários e quebrava todos os recordes.

Mas uma pergunta fica sem resposta, pelo menos até a primeira volta classificatória para o GP do Bahrein, que acontecerá dia 13 de Março próximo. Será que esse Michael ainda é o Grande Schumacher?

Quanto a idade já relativamente avançada, os três anos de inatividade e o acidente sofrido numa corrida de motocicletas no início de 2009 poderão afastar este Schumacher daquele que o mundo aprendeu a admirar, aplaudir amar e, em alguns casos, tolerar e até odiar?

Há precedentes interessantes. Niki Lauda, por exemplo, abandonou a Fórmula 1 em 1979, quando guiava um fraquíssimo Brabham e via um jovem e inexperiente piloto chamado Nelson Piquet andando tão rápido quanto ele. Mas eis que, anos depois, o Austríaco recebe um convite da McLaren para voltar às pistas em 1982. Após apenas 2 corridas de adaptação, Lauda venceria pela McLaren em Long Beach e ainda venceria uma segunda prova, o Grande Prêmio da Inglaterra. Mais do que isso, em 1984 conseguiu alcançar mais um campeonato mundial, com meio ponto de vantagem sobre um talentoso e jovem piloto chamado Alain Prost, com quem Lauda também dividia a equipe.

Não obstante, os tempos são outros. A Fórmula 1 é outra, exigindo muito mais dos pilotos tanto no aspecto físico quanto no conhecimento técnico dos carros – eles mudaram radicalmente nos últimos anos. Schumacher terá, seguramente, muito mais dificuldades do que Niki Lauda para se tornar competitivo de novo.

Sem dúvida nenhuma, a volta de Michael tempera o campeonato de 2010. Propõe aos outros pilotos mais que um adversário ser batido. Schumacher é uma lenda. Pode-se ver brilhando nos olhos a vontade de jovens talentos como Vettel e Hamilton em dividir as pistas, disputando contra o Maior de Todos.

Esperemos então para ver o tamanho desse velho Michael, e saber se ele ainda é capaz de ser o Schumacher que o Mundo conheceu.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Exorcismo?

De uma só "canetada", o prefeito Newton Lima exonerou 206 pessoas do alto e médio escalão da prefeitura.

Leia aqui.

Será que ele optou pelo exorcismo, a que a última postagem deste blog se referia (leia aqui)?

Se foi, então é um trabalho digno do Padre Damien Karras*!

Que seja essa mesma a explicação. E quiçá apenas "demônios" tenham sido exorcizados. Mais importante ainda, tomara que não se tragam novos "demônios" para ocupar os cargos que ficaram vagos.

Esperemos então, com fé, dias melhores em 2010.

*Damien Karras é o padre-protagonista do duelo contra os demônios no filme "O Exorcista"

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ano Novo, Velho Rabat!

Disse tudo, meu rapaz!

De volta à velha forma!

Leiam aqui!

É preciso que o Sr. Newton Lima se posicione: ou ele precisa de um exorcismo, para afastar certos demônios que estão cercando sua administração, ou então ele precisa de óculos - talvez um transplante de córnea - para não ver o que está acontecendo.

Há uma terceira alternativa, mais tenebrosa. Melhor não pensar nela, pelo menos por enquanto.

Pessoalmente, já defendi que, entre as administrações de Valderico e Newton, havia muita diferença. Um verdadeiro abismo, por pior que andassem as coisas para este último.

Bem... hoje o abismo não passa de uma valeta. Cada vez mais estreita, cada vez mais suja.