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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Relendo o Presépio

Emanoel Cândido do Amaral, junto com um bocado de cordel, nos dá uma leitura brasileiríssima do Presépio Natalino.


domingo, 23 de dezembro de 2012

O Grego e a Circunferência da Terra


Naquele tempo se supunha que a Terra era plana. Não é difícil se imaginar o porquê: a Terra parecia plana como uma mesa sob qualquer ponto de vista. A observação que se fazia a respeito dava conta de uma grande superfície chata, onde se distribuíam pessoas, cidades, animais, plantas, estradas e tudo o mais. Qualquer hipótese de que não fosse assim, chata, parecia inverossímil; não se coadunava aos fatos.

Haviam, porém, os que suspeitavam do contrário; talvez a Terra fosse, afinal, redonda. Talvez “em baixo”e “em cima” fossem apenas condições relativas à posição do observador no Planeta. Todavia, se todos os fatos e observações sugeriam o contrário, como fazer para sustentar esta frágil hipótese?

Eratóstenes viveu no Egito entre os anos 276 e 194 antes de cristo. Ele era bibliotecário-chefe na Biblioteca de Alexandria. E lá, um dia, Eratóstenes se deparou com um relato: uma vara fincada em Siena ao meio-dia do solstício de verão não produzia nenhuma sombra. Esta informação parecia inútil, a princípio. Eratóstenes fez, porém, um experimento: mediu o comprimento da sombra de uma vareta ao meio-dia do solstício. Em Siena e em Alexandria. O relógio era unificado entre todas as cidades daquela região.

Eratóstenes observou que a varinha de Siena não produzia, de fato, qualquer sombra. Todavia, a que estava em Alexandria sim. E isso era um fato que absolutamente negava a hipótese de que a terra fosse plana. Pois se assim fosse, as varinhas deveriam sempre, independente de sua localização, produzir a mesma quantidade de sombra em relação ao seu tamanho.

A figura abaixo mostra o que deveria ser observado caso a Terra fosse realmente plana: as sombras das duas varinhas deveriam ser iguais. Mas não eram.

Como deveriam ser as sombras se a Terra fosse plana

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O que é mesmo


O que é (mesmo) intolerável, inaceitável, incompreensível..

Paulo Moreira Leite

Original aqui.

Não há motivo para surpresa no voto de Celso de Mello, autorizado o Supremo a cassar o mandato de parlamentares. Embora a decisão contrarie o artigo 55 da Constituição, que determina expressamente que cabe a Câmara cassar o mandato de deputados – e ao Senado, fazer o mesmo com senadores – este voto era previsível.

A maior surpresa veio depois. Após anunciar seu voto, Celso de Mello declarou que qualquer reação do Congresso, contrariando sua decisão, será “intolerável, inaceitável e incompreensível.” Ele ainda definiu que seria “politicamente irresponsável” e “juridicamente inaceitável.” Mais: seria uma “insubordinação”.

São palavras que pressupõem uma relação de autoridade entre poderes. Celso de Mello disse que há atitudes que o STF pode tolerar ou não.

Pode compreender, aceitar ou não. Quem fala em insubordinação fala em hierarquia.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

GT Brasil: vencer sem ser vencedor

Cacá Bueno é o melhor piloto brasileiro de Turismo hoje. Seus resultados impressionam: títulos na Stock Car, na Linea Cup, na dificílima TC 2000 Argentina.

Ele goza da antipatia de muitos torcedores e esportistas por ser filho de Galvão Bueno. Mas a bem da verdade, além do sobrenome e de uma genética óbvia, nada há de Galvão em Cacá.

O piloto trilhou sua própria carreira, acertando e errando, e com competência foi conquistando o respeito que hoje tem. Ser filho de Galvão é algo que não ajuda em nada depois que se põe a balaclava e o capacete. A partir daí é o talento, o arrojo, a estratégia, o acerto, o sangue frio, a precisão. Tudo isso Cacá tem de sobra. Mais que todos os adversários que alinham contra si.

Mas Cacá Bueno tem outra característica marcante: ele fala. Não esconde rancores, frustrações, alegrias, decepções, desavenças. Ano passado, quando conquistou seu quarto título na Stock Car, disse que Marcos Gomes, apesar de filho de um grande campeão, não é um grande campeão. Eles dois haviam se tocado na última volta da última corrida.

Cacá exagera às vezes. Mas em outras tantas tem toda razão.

Esse ano a temporada do GT Brasil terminou de forma polêmica. A dupla Cacá Bueno e Claudio Dahruj venceu a última prova em Interlagos, e o título foi deles por algum tempo mas, na última volta, quem ficou com o título foi Duda Rosa e Cléber Faria, da Mercedes. A dupla tirou uma vantagem de mais de 35 segundos para a Ferrari de Claudio Ricci e Rafael Derani, e assim somaram os pontos que lhe deram o título. Vale ressaltar que as equipes têm a parceria técnica da preparadora CRT.
Cacá Bueno: sem papas na língua

sábado, 15 de dezembro de 2012

Campeão





Falar lá, para ser ouvida cá


Original aqui.

Dilma parece ter descoberto que só vai conseguir mesmo ser ouvida direito na mídia internacional

Há algo de muito errado ou na presidenta Dilma ou na mídia brasileira quando, para dar uma entrevista relevante, ela opta por publicações estrangeiras, como foi o caso, agora, do Le Monde.
Dilma e Hollande: a imprensa internacional é um interlocutor mais honesto?
Faça sua escolha.

Imaginemos que Dilma considerasse a mídia brasileira para falar o que pensa sobre a questão da corrupção e do cerco a Lula.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Cassar ou não Cassar


Ninguém quer manter Deputado alguém que a Justiça declarou criminoso. Mas pior que isso é se permitir atropelar as Leis, qualquer que seja a causa.

Uma celeuma desnecessária está se avizinhando entre o STF e a câmara dos deputados. De um lado o ministro Joaquim Barbosa defende que os deputados condenados na ação penal 470, chamada de “Mensalão”, percam seus mandatos por determinação do STF.

Barbosa X Maia: STF quer cassar deputados à revelia da Constituição

domingo, 9 de dezembro de 2012

Just Drive

Uma homenagem honesta, mostrando os acertos e os erros, as ações grandiosas e mesquinhas, o esportista e o homem. Que fez muito, tanto mais que qualquer outro.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dave Brubeck

Parecia que o Jazz, devido às suas origens era para ser tocado, com excelência, apenas por negros.

De fato a mair parte dos gênios do Jazz são negros. Mas não é algo que se leva no Gene.

Se for, então este aqui era ungido pelos deuses. Uma aberração da natureza.

Deve ser mesmo. Dave Brubeck escrevia poesia em forma de música. Sedutoramente encantadora, ela vai invadindo a alma das pessoas, a partir dos ouvidos, e nos faz escravos.

Take Five.



The Duke

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Nos tempos do Engavetador


Ou "Refrescando (a memória de) Fernando Henrique Cardoso".

Original aqui.

O que é mais vergonhoso para um presidente da República? Ter as ações de seu governo investigadas e os responsáveis, punidos, ou varrer tudo para debaixo do tapete? Eis a diferença entre Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva: durante o governo do primeiro, nenhuma denúncia –e foram muitas– foi investigada; ninguém foi punido. O segundo está tendo que cortar agora na própria carne por seus erros e de seu governo simplesmente porque deu autonomia aos órgãos de investigação, como a Polícia Federal e o Ministério Público. O que é mais republicano? Descobrir malfeitos ou encobri-los?

FHC, durante os oito anos de mandato, foi beneficiado, sim, ao contrário de Lula, pelo olhar condescendente dos órgãos públicos investigadores. Seu procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, era conhecido pela alcunha vexaminosa de “engavetador-geral da República”. O caso mais gritante de corrupção do governo FHC, em tudo similar ao “mensalão”, a compra de votos para a emenda da reeleição, nunca chegou ao Supremo Tribunal Federal nem seus responsáveis foram punidos porque o procurador-geral simplesmente arquivou o caso. Arquivou! Um escândalo.
Geraldo Brindeiro: apelidado de "Engavetador Geral" da República.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ba e VI 2013: ou vai ou racha

O ano de 2012 está encerrado, em termos esportivos, para a dupla Bahia e Vitória.

Este comemorando o acesso, enquanto aquele comemora o não-decesso. O que, a princípio, parece pouco, a se medir as tradições dos dois clubes. Todavia, tais tarefas revelaram-se hercúleas para quem viu os respectivos dramas se desenrolarem até a última rodada dos campeonatos brasileiros das séries A e B. Foi muita Sorte que manteve Bahia e Vitória na série A em 2013.

Ambos precisam pagar pelos seus êxitos à Sagrada Colina.

Agora a dupla BA-VI tem um ano decisivo pela frente. 2013 pode ser o ano da redenção do futebol da Bahia.

Ou de mais uma derrocada.

2013: redenção ou derrocada