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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Natal

Tá, talvez Papai Noel não venha para todo mundo, seja rico seja pobre. Talvez ele se esqueça de alguém, às vezes. Talvez ele tenha mais cuidado com crianças mais endinheiradas.

Sim, eu admito: isto pode ser verdade.

Não houve notícia mais triste na minha infância inteira.

Mas seria bom se fosse assim. E é bom ouvir Forró. E é bom ouvir Dominguinhos.

Então que, neste Natal, Papai Noel não se esqueça de ninguém.



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A volta improvável de Maria do Rosário

Não é possível se desculpar as falas de Bolsonaro. Ele ultrapassou longamente os limites da ética e, muito provavelmente, os do crime também.

Mas isso não inocenta Maria do Rosário de sua gestão à frente da SDH.



Por Luís Nassif
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domingo, 14 de dezembro de 2014

Richarlyson parou, e o futebol brasileiro perdeu um grande homem

Rodrigo Borges

de Carta Capital
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Alex foi o cara do último domingo. Com o Campeonato Brasileiro definido para o Cruzeiro e classificação do G4 resolvida no sábado, restou para o dia nobre do futebol a disputa contra a Série B e a justa reverência a Alex. Bahia e Vitória caíram, o Palmeiras ficou e o craque do Coritiba foi homenageado. A TV falou seu nome incansável e merecidamente.

Mas faltou falar – ou falou-se pouco – de Richarlyson.



Richarlyson não foi um craque. Não foi um fora de série. Foi, na verdade, um jogador comum. Mas merece homenagens por ter sido digno e valente. Pelo homem conseguiu ser – em um ambiente que é avesso ao diferente. Em um esporte que gosta de lançar olhares preconceituosos.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O presente de Aécio

Se ele acha que está sendo 'porta-voz da indignação', fica evidente que não sabe mesmo o que está fazendo

Janio de Freitas
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Ela se apropriou da política econômica defendida por Aécio, mas Aécio não se deixa abater e já demonstra que pode fazer o mesmo: adere à redução da desigualdade social por meio da distribuição de renda, defendida por Dilma na campanha.



A reviravolta de Dilma foi mais surpreendente, mas a de Aécio é mais original no método. Veio pela TV, na amenidade noturna do fim de semana, e naquele estilo de elegância chamado "curto e grosso".

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Caprichos da Rainha: Hamilton Bi 6 anos depois.

Os pilotos ingleses - não britânicos, para que excluamos os excepcionais Jackie Stewart e Jim Clark - contam com poucos títulos e quase nenhum expoente na história da Fórmula 1.

Cada conquista é um sacrifício, e os jejuns costumam ser longos, como o interstício entre a conquista de 1976, de James Hunt, e a de 1992, de Nigel Mansell.

Mas os filhos da rainha conseguem seus méritos, ainda que a duras penas. Ontem foi a vez de Lewis Hamilton.

Hamioton: bicampeonato 6 anos depois da primeira conquista
Lewis venceu seu segundo campeonato mundial, aliás foi a segunda vez que um inglês (escoceses não contam) conquista um segundo campeonato. O primeiro havia sido Grahan Hill.

sábado, 22 de novembro de 2014

Nunca se roubou tão pouco

"Não sendo petista, e sim tucano, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país"


Ricardo Semler.
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 Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.

Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.

Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos "cochons des dix pour cent", os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Leonel Brizola pode ser incluído no Livro dos Heróis da Pátria

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Projeto pronto para ser votado na Comissão de Educação (CE) propõe a inclusão do nome de Leonel de Moura Brizola no Livro dos Heróis da Pátria. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 67/2014 também diminui a exigência de 50 anos da morte do homenageado para a inclusão do nome no livro. O autor é o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS). A relatora na CE é a senadora Ana Amélia (PP-RS).


O deputado lembra que Brizola, quando governador do Rio Grande do Sul, liderou o movimento para que o vice-presidente João Goulart assumisse a Presidência da República após a renúncia de Jânio Quadros em 1961. Ressalta também a luta de Brizola contra a derrubada de João Goulart da Presidência, em 1964, e o seu empenho na campanha pelas eleições diretas para presidente da República, na década de 1980.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

'Corrupção não é o maior problema do país', afirma Mangabeira Unger

Em sabatina, filósofo defendeu financiamento público de campanha



Da Folha de São Paulo
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Declarando-se à disposição da presidente Dilma Rousseff (PT) para colaborar no seu segundo mandato, "dentro ou fora" do governo, o filósofo Roberto Mangabeira Unger, 67, afirmou em sabatina realizada pela Folha nesta quarta-feira (5) que a corrupção não é o principal problema do Brasil.

"Entre os grandes países em desenvolvimento, especificamente os Brics --Índia, China e Rússia--, o Brasil é, de longe, o menos corrupto. Nós temos corrupção, mas não é um dos nossos problemas maiores", disse.

Para o professor da Faculdade de Direito de Harvard (EUA), a causa maior da corrupção é o custeio das campanhas políticas. Ele defendeu a substituição do financiamento público pelo privado.

O filósofo rememorou suas contradições em relação a Lula. Em artigo publicado na Folha em 2005, na esteira do escândalo do mensalão, Mangabeira Unger se referiu ao governo do petista como o mais corrupto da história do país e pediu seu impeachment. Em 2007, porém, tornou-se ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, cargo que ocupou até 2009.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Segundo mandato: perspectivas

Por Flávio Patrício Doro

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 Aí está. O processo eleitoral terminou, e Dilma foi reeleita. Se até agora não foram flores, a parte mais difícil vem agora.

Reeleita, agora vem a parte mais difícil da missão

Assim como foi em 2010, emerge das urnas uma situação inédita. Em 2010 a novidade era o perfil da nova presidente, eminentemente técnico e sem muito traquejo político. A ascensão ao poder de alguém assim, em um regime democrático, seria impossível em circunstâncias normais. O fator excepcional, claro, foi Lula.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tucanos querem que estudante pague a escola superior

Reginaldo Moraes
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Na ótica de economista do PSDB, o ensino superior passaria a ser um “investimento privado” do estudante e de sua família, já que ele seria o beneficiário desse ensino, mais tarde. Investe hoje e “lucra” amanhã


Está de volta a velha ideia do PSDB de privatizar o ensino superior. Depois que o reitor tucano afundou a USP com suas aventuras, isso se alastrou. E agora a proposta é ressuscitada por alguns gurus da nova direita, reagrupada em torno de Aécio Neves para o segundo turno das eleições presidenciais.

Ensino superior pago: antiga polêmica trazida ao debate eleitoral

Um deles, Samuel Pessôa, escreveu artigo na Folha de S. Paulo comparando cobrança de educação superior com cobrança de pedágio urbano. Engraçado, porque pedágio é cobrado de proprietário de carro – a mensalidade escolar seria cobrada de pessoas, proprietárias de si mesmas.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A lógica das políticas econômicas neoliberais

Por Luís Nassif.

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Digo há algum tempo e enfatizo: do ponto de vista programático, essas eleições são as mais significativas das últimas décadas. Pela primeira vez estão claramente explicitados dois modelos de governo: o neodesenvolvimentista e o neoliberal. Ambos têm suas virtudes e defeitos e propõem o pote de ouro da retomada do desenvolvimento no final do arco-íris. E essa divisão é quase tão antiga quanto o surgimento da economia.

Historicamente, o protagonismo na economia sempre foi disputado por dois setores: o financeiro e o da chamada economia real (comércio, indústria e serviços). A partir de determinado período, o trabalho também tornou-se protagonista, de certo modo aliando-se aos empresários da economia real.



Políticas econômicas, no fundo, representam esses interesses, o neoliberal representando a alta finança; o desenvolvimentista representando a indústria.

sábado, 4 de outubro de 2014

Aborto, por Oscar Vilhena Vieira

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Nas democracias atuais, encontramos duas grandes formas constitucionais de enfrentar a questão


Os casos de Jandira Cruz e de Elizângela Barbosa, nos impõem retomar a discussão sobre o aborto no Brasil. Jandira desapareceu depois de sair de casa, em Campo Grande, para realizar um aborto clandestino. Foi encontrada carbonizada e sem arcada dentária dias depois. Elizângela também morreu após buscar a interrupção da gravidez numa clínica em Niterói.

Estima-se que no Brasil ocorram entre 600 mil a mais de 1 milhão de casos de abortos inseguros todos os anos. Milhares de mulheres ficam mutiladas física e emocionalmente em decorrência da realização de abortos inseguros, sendo que a cada dois dias uma perde a vida.

Jandira: vítima de uma clínica de aborto clandestina?

domingo, 28 de setembro de 2014

Bloqueio a Cuba próximo do fim?

Hillary Clinton reconhece que política norte-americana é erro histórico. População concorda, mostram pesquisas. Agora, só direita e Obama parecem sustentar embargo


Por Ignacio Ramonet | Tradução João Victor More Ramos

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No livro que se acaba de publicar sobre suas experiências como secretária de Estado, durante o primeiro mandato (2008-2012) do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, intitulado Decisões difíceis (1), Hillary Clinton escreve, a propósito de Cuba, algo fundamental: “ao terminar meu mandato, pedi ao presidente Obama que reconsiderasse nosso embargo contra Cuba. Não cumpre nenhuma função e obstrui nossos projetos com toda America Latina”.

O embargo parece cada vez mais sem sentido para os próprios americanos
Pela primeira vez, uma personalidade que aspira à presidência dos Estados Unidos afirma publicamente que o bloqueio imposto por Washington – desde mais de cinquenta anos! – à maior ilha do Caribe não cumpre “nenhuma função”. Isto é, não se tem permitido submeter esse pequeno país apesar. do grande sofrimento injusto que se tem causado a sua população. Nesse sentido, o fundamental, na constatação de Hillary Clinton, são dois aspectos:

sábado, 13 de setembro de 2014

O “desenvolvimentismo” insustentável de Marina Silva

De Plataforma Politica Social
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A esquizofrenia do programa de Governo de Marina Silva (2) é patente. Nele, procura-se conciliar objetivos radicalmente antagônicos. Um daqueles objetivos seria combinar um suposto “desenvolvimentismo” com o incontestável ultraconservadorismo macroeconômico. O papel aceita tudo, mas os projetos são ideologicamente conflitantes, e a conta não fecha.

Marina: tentar conciliar o inconciliável é o caminho mais curto para o fracasso

A polaridade conservadora é conhecida: Banco Central independente e “tripé” macroeconômico puro-sangue. A pretensa polaridade ‘desenvolvimentista’ aparece, por exemplo, no objetivo de “criar o ambiente necessário a um novo ciclo de desenvolvimento” (Eixo 2), no qual “nenhum programa de governo faria sentido se não estiver ancorado no ‘bem-estar da população’”. Dessa forma, “as políticas sociais são o motor de uma visão de justiça e redução das desigualdades, pela garantia de acesso universal e digno a bens e serviços públicos relevantes, direito inalienável de cada cidadão” (Eixo 4).

sábado, 6 de setembro de 2014

É preciso falar de reforma agrária

Ela é uma das melhores alternativas de geração de emprego e renda, incluindo-se aí as políticas – de crédito e assistência técnica – necessárias à efetiva estruturação econômica e social das famílias assentadas. Além disso, tem um viés anti-inflacionário

Gustavo Souto de Noronha
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Desenvolvimento e democracia não são compatíveis com a miséria. O Brasil, de acordo com dados do Banco Mundial, é a sétima economia do mundo pelo PIB total calculado segundo a paridade de poder de compra, entretanto essa riqueza é mal distribuída.

É comum associar o combate à pobreza extrema unicamente às políticas de transferência de renda. Entretanto, faz-se necessário contrapor esta visão com políticas que gerem um fluxo de renda, como a reforma agrária.

Reforma agrária: justiça social e produção de alimentos para consumo interno

Tanto que uma das dimensões do Plano Brasil Sem Miséria do Governo Federal contempla a inclusão produtiva. A reforma agrária é uma das melhores alternativas de geração de emprego e renda, incluindo-se aí as políticas – de crédito e assistência técnica – necessárias à efetiva estruturação econômica e social das famílias assentadas.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O novo cenário político, com a ascensão de Marina

Luis Nassif

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Algumas considerações sobre o fenômeno Marina Silva.



Fato 1 - Marina cresceu por ela, não por Campos.

Dada a enorme rejeição aos dois favoritos, Dilma Rousseff e Aécio Neves, era previsível um crescimento da chamada terceira via, Eduardo Campos. Cantei essa bola aqui.

Acontece que Marina sempre teve maior presença que Campos e, em todas as pesquisas, muito mais intenções de voto que ele.

Ela disparou por ter se tornado candidata à presidente, não pela comoção em torno da morte de Campos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Sobrenatural de Almeida e a Bala de Prata do PT


O Gênio Nelson Rodrigues criou um personagem que ficou famoso ao ser invocado quando gols improváveis, resultados impensáveis ou zebras surpreendentes acometiam os resultados do Futebol: Sobrenatural de Almeida.

Sobrenatural de Almeida aparecia sempre de surpresa, e misturava tudo. Tornava partidas ganhas em perdidas, dava títulos a equipes menores, invertia a lógica.

Pois bem: Sobrenatural de Almeida veio às eleições de 2014. O pleito parecia muito bem decidido, com a velha polarização entre PT e PSDB, acabando com a quarta vitória seguida daquele sobre este.

Parecia.

Sobrenatural de Almeida derrubou um avião, matando tragicamente um dos candidatos. De relevância razoável, diga-se de passagem, mas a quem se legava um papel coadjuvante. E isso embaralhou as coisas. Colocou uma peça nova no tabuleiro: Marina Silva. Com este advento, tudo ficou muito mais difícil para o PT e para o PSDB.

Marina, que 4 anos atrás era referida como a “terceira via”, agora não se posa mais assim. Ela vem turbinada pela votação das eleições passadas, mais o próprio cenário político. Não é mais a “terceira”. Alguém será passado para trás.

Aécio, Dilma e Marina: as coisas mudaram

É como se, num grande prêmio de Fórmula 1, um concorrente, ao parar nos boxes, pudesse trocar um modesto Force Índia por uma possante Mercedes. Vem com muito mais ação, galgando posições. Este é o PSB com Marina.

domingo, 17 de agosto de 2014

A direita quer que Marina seja sua tábua de salvação

Não sei se Marina Silva se encaixará nos anseios da Direita do Brasil. Mas ela servirá ao seu principal propósito momentâneo: tirar o PT do poder.

Depois a Direita vê o que faz com Marina.

Por Emir Sader.

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"A direita quer que Marina a tire do aperto em que se meteu, com dois candidatos que, no máximo, poderiam levar a disputa para o segundo turno.


sábado, 2 de agosto de 2014

A Roupa Velha do Futebol do Brasil

Somente hoje, quase um mês depois (na verdade são 25 dias depois) consegui reunir um mínimo de informações e convicções para falar sobre a maior tragédia do futebol mundial desde a morte de Charles Miller. A derrocada da seleção brasileira.

Na verdade é necessário começar esclarecendo que não foi exatamente uma tragédia. Foi apenas a exposição de algo que já estava ali há muito tempo. O placar de 7 a 1 frente à Alemanha foi exatamente a criança que apontava e gritava para todos: “O Rei Está Nu”. E de fato estava. Sempre esteve. Todos se deram conta daquilo que, na verdade, se via claramente desde há muito, mas ninguém queria admitir, ou acusar.

Alemanha 7 x 1 Brasil: O Rei está Nu!
Verdade que, assim como no conto de Hans Christian Andersen, um ou outro observador mais atento acusou a nudez do Rei. Mas ficou com ela para si, envergonhado de dizer algo que soaria absolutamente estúpido,  já que todos cediam à ilusão, a visão ofuscada por títulos e conquistas ao longo de quase um século de existência.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

As razões do risco da reeleição de Dilma

Aldo Fornazieri

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As últimas rodadas de pesquisa mostram que Dilma ainda lidera, mas que há um risco importante à sua caminhada à reeleição. Ela entrou favorita na campanha, mas com alta rejeição, com queda na avaliação positiva do governo, com crescimento da avaliação negativa, com sério risco das curvas da avaliação positiva e negativa se cruzarem e com viés de baixa nas intenções de voto. É bem verdade que os candidatos de oposição não se moveram significativamente. Mas nas simulações de segundo turno, Dilma tem seu favoritismo cada vez mais ameaçado.

O fato é que, neste momento, existe uma indefinição do eleitorado e o quadro poderá mudar, tanto no sentido de favorecer a reeleição de Dilma, quanto para decretar-lhe a derrota. Tudo depende de como o jogo político será jogado, pois se existem razões que fazem com que o eleitor queria a mudança de governo, também existem razões para que se queira a continuidade do atual governo. É nesse cenário de ambiguidades e paradoxos conjunturais que as estratégias eleitorais terão que navegar e os candidatos terão que se bater. Dada a instabilidade da conjuntura, um erro de avaliação ou de enfoque estratégico poderá colocar tudo a perder.

Não era para ser assim. Todos os presidentes que disputaram a reeleição – Fernando Henrique e Lula – venceram. Cerca de 70% dos candidatos a governador que disputaram a reeleição em 2006 e em 2010, também foram reeleitos. Se a reeleição de Dilma corre riscos é porque ela se situa fora do parâmetro. E as razões dessa ocorrência precisam ser debatidas. Lideranças governistas e petistas estão se mostrando perplexas com a rejeição ao PT e ao governo, principalmente no estado de São Paulo. Existem vária razões que colocam em risco a reeleição da presidente. Aqui serão analisadas três (na verdade duas, nota de Degas) delas.

A Liderança Fraca de Dilma:

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Sobre o 'Estado de Exceção' e o pedido de asilo político negado pelo Uruguai

Por Diogo Costa
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CORRETA A DECISÃO URUGUAIA - José Mujica, atual presidente da República Oriental do Uruguai, é um ex guerrilheiro que integrou o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros nos anos 60 e 70 do século - e do milênio - passado.

Foi baleado 06 vezes em confrontos com as forças de segurança uruguaias e foi preso por 04 vezes em função destes confrontos.

No total, passou 15 anos da sua vida preso, além de sofrer várias torturas no cárcere. O último e maior período foi de 13 anos de encarceramento, entre 1972 e 1985. Destes 13 anos, 11 foram de solitária. E destes 11 anos de solitária, 02 anos foram de confinamento ainda pior, no fundo de um poço, praticamente enterrado vivo.

Quer dizer então que os fantasiados, que se dizem indignados com o 'Estado de Exceção' supostamente existente no Brasil, estão bravos com o Presidente Pepe Mujica porque o mesmo negou asilo político para uma das pessoas que foram bater na porta do Consulado Uruguaio? Hum...

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Depois do vexame

Por Guilherme Scalzilli

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 Enfim ocorreu a hecatombe da seleção brasileira de futebol, longamente gestada nas entranhas putrefeitas da cartolagem. Era questão de tempo: um dia o pragmatismo tosco, a arrogância e a mediocridade chegariam a uma combinação explosiva que a sorte, a arbitragem e o talento individual seriam incapazes de neutralizar.



Faltava o desequilíbrio emocional para inflamar esse caldo melífluo. O patriotismo histérico dos jogadores já não parecia alvissareiro, principalmente em meio à tola “obrigação” de vencer o título. A vitimização de Neymar e a falta de comando da comissão técnica terminaram de ruir a frágil estabilidade do elenco.

sábado, 12 de julho de 2014

Obrigado "Seo" Gildo.

Saudades eternas do carinhoso "vovô" que minha filha filha teve por adoção.

Direto do site de Rabat. Original aqui.

Agradecemos pela passagem de Gildo por aqui… 



Quando ‘simplesmente’ parte… Partiu. Quando passa e deixa um legado recheado de exemplos FICA. Essa é a verdadeira razão de existir (na essência da palavra).

A ordem natural da vida é: nascer, crescer/desenvolver e morrer/partir.  As ações, espelhadas no Cristianismo, nos ensinamentos deixados pelo Criador, é a certeza da missão que nos foi  confiada/delegada por Ele. Gildo cumpriu esse papel, maravilhosamente, BEM.

Tem um ditado que diz : pelos frutos se conhece a árvore. Isso se aplica, se encaixa como uma luva para Gildo e Miriam. Veja, observe a conduta dos filhos desse modelo de casal, que montou uma estrutura familiar que se aproxima, sem exagero algum, da perfeição. Não há necessidade de dizer do comportamento, diário, desse casal  que refletiu, positivamente, nos filhos. Pode ter certeza de uma coisa: estão criados, bem criados, são exemplos vivos do que a harmonia de um casal/casamento gera como sementes em terreno fértil. Por isso, Gildo não partiu. Está em cada um de nós que aprendemos e vamos continuar, diuturnamente, seguindo os seus ensinamentos.

É evidente que Miriam, companheira/esposa de 60 anos de convivência, está triste e chorando muito, mas nestante passa porque as boas recordações se sobreporão a essa passageira tristeza. Nossa Senhora vai estar por perto… Ela é minha AMIGA e de tanto eu falar em ZOINHO DE MÃE ela passou a fazer parte da rotina daquele abençoado lar. Lili, por exemplo, sabe o que significa olhar nos olhos de Nossa Senhora…

Gildo Mario Caldas foi um dos meus incentivadores na Ordem.  Sempre presente com uma palavra de entusiasmo. Colocava meu astral lá em cima e acenava com a cabeça quando colocava uma música dos ‘velhos tempos’. Foram muitos abraços e sempre dizendo “você vai crescer. ..”. No salão rolava sempre um afetuoso  abraço.  Nos pequenos detalhes ele estará aqui, ali, no Templo, no salão, nos eventos, dançando etc. Verdadeiramente estará SIM…

A sua missão desde os primórdios da Gonçalves Ledo V, da Elias Ocké, nessas  décadas trabalhando  com Maestria podemos dizer, sem medo de errar, que Gildo Mário Caldas deixará sua energia fincada naquele retângulo maçônico e, com essa força, gerará o concreto necessário para o fortalecimento, cada vez maior, daquelas Colunas.

Por tudo que sabemos de Gildo Mario Caldas teremos uma estrela no firmamento direcionando o seu brilho azulado para seus Irmãos e Amigos que, felizes, agradecem ao Supremo Arquiteto do Universo esse valioso e valoroso presente que foi conviver com essa figura ímpar que dignifica a raça humana tão carente de exemplos nos quesitos básicos da honradez, ética, fidelidade e do bem querer para com seus semelhantes.

Gildo Mario Caldas estará SEMPRE de Pé e à Ordem.

Beijo grande com um TFA.’. e fiquem com DEUS (Sempre!).

Rabat.’.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Campanhas se preparam para trincheira digital

De O Globo
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Patrulhas cibernéticas pretendem combater a desinformação, uma arma de guerra que agora é usada na internet para destruir reputações políticas




POR CHICO OTAVIO E CARINA BACELAR

RIO - A atração dos brasileiros pelas redes sociais, expressa nos mais de 67 milhões de perfis cadastrados só no Facebook, ameaça transformá-los em vítimas de uma guerra suja na internet: o uso da desinformação na campanha eleitoral para manchar a imagem dos candidatos. Protegidos pelo anonimato, os responsáveis farão das redes sociais um terreno fértil para a divulgação de conteúdo malicioso em perfis falsos. Apreensivos, os comitês de campanha apressaram-se em criar forças-tarefas para enfrentar os crimes digitais e tentar removê-los a tempo de evitar um desastre político.

sábado, 28 de junho de 2014

480 Anos!

Apesar de estar comemorando com mais um recorde negativo, o do desemprego, a economia em vias de entrar em Colapso.

Apesar de ser, hoje, o reflexo de décadas sendo literalmente estuprada, muitas vezes por seus próprios filhos.

Apesar de tudo ainda é a Bela Mãe. Com 480 anos de idade, guarda a experiência de séculos aliada ao frescor e à formosura de uma adolescente. Uma menina, baiana, com "Um santo que Deus dá", com "Encantos que Deus dá", com "Um jeito que Deus dá", e com "Defeitos também, que Deus dá".

Que tem muitos mais desafios pela frente. Que precisa contar com seus filhos. Os bons filhos, adotivos ou não.

Parabéns Ilhéus! Os anos não passam prá você. Continua Linda!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

E houve Copa: deu até no The New York Times

O The New York Times estampou reportagem sobre a Copa chamando a atenção sobre as previsões apocalípticas lançadas pela mídia brasileira.

De Carta Maior
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A velha e carcomida mídia brasileira poderia ficar sem mais essa. Estilhaçou outra vez sua imagem na imprensa internacional. Tentou se camuflar de árvore e hoje não passa de um espantalho nos outdoors da cara de pau. Na sua campanha sistemática, antiética e despudorada contra o governo federal tentou enlameá-lo e culpá-lo mais uma vez empurrando a realização da Copa para o ralo e quebrou a cara no espelho.

Desnecessário listar e alinhavar as investidas que a velha mídia utilizou para desfigurar os acontecimentos e eventos que antecederam a abertura e os primeiros dias da Copa no país. Não deram trégua os jornalões da vida brasileira escritos, falados e televisados.



Vale lembrar, porém, que a primeira e monumental burrada foi de início ir contra as manifestações de junho do ano passado. A velha mídia sem exceção culpava diuturnamente os manifestantes como vândalos, irresponsáveis e marginais. A elite branca apoiava enfurecida.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

As duas portas do SUS

Octavio Ferraz e Daniel Wang

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A judicialização da saúde está criando um SUS de duas portas: uma para aqueles que vão ao Judiciário e outra para o resto da população

A vida não tem preço!, bradam os defensores da mais recente decisão da Justiça brasileira obrigando o Estado a custear tratamento de saúde no exterior. O caso, como todos os outros nesta seara, é trágico.

Um bebê de cinco meses cuja única esperança, ainda que tênue, é uma operação de altíssimo custo. Poucos hospitais brasileiros têm condições de realizar o complexo procedimento (transplante multivisceral), ainda experimental, mas nenhum deles entende que o paciente se enquadre nos critérios exigidos no Brasil para que a operação tenha mínimas chances de sucesso. A última opção da família é levar o bebê aos Estados Unidos, onde um cirurgião se dispõe a realizar o procedimento. O preço: R$ 2 milhões.

Para muitos, a questão é simples. Como "a vida não tem preço" e a Constituição Federal garante a saúde como um direito fundamental e um dever do Estado, o governo deve gastar o que for necessário para tentar salvá-la. Negando-se a cumprir esta obrigação, cabe ao Judiciário forçá-lo, salvando assim uma vida posta em risco pelo "negligente", "incompetente" e "corrupto" Estado brasileiro. Seria ótimo se o problema fosse tão simples assim.

sábado, 14 de junho de 2014

A seleção, espelho de uma elite careta e covarde

Do Blog da Milly

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Neymar faz o gol da virada, a torcida comemora por alguns segundos e então decide mandar a presidente tomar no cu. Nada poderia definir melhor a nossa elite.

Elite que conheceu Itaquera hoje. Elite que, se posso chutar, frequenta estádios com a mesma regularidade que o Halley passa por aqui. Elite que, ao escutar que ganharia ingresso para ir ao jogo da Copa que ela há quatro anos critica furiosamente, não apenas aceitou o ingresso como saiu correndo para comprar uma camisa da seleção.

A elite foi para o estádio de van, sabendo que estava segura porque não haveria povo no jogo. A arquibancada estava higienizada. E fodam-se as criticas à Copa, se ganhei ingresso vou mesmo e depois volto a reclamar do Brasil e da Copa e da roubalheira. Como chega lá nessa Itaquera, alguém sabe?

Hino à capela. Bonito, mas para que mesmo? Começa o jogo. Brasil!, Brasil! e silêncio e silêncio. O tempo passa, mais silêncio. Gol dos croatas. Silêncio se aprofunda. Empate de Neymar, cantoria começa e, depois de segundos, acaba. Educados que são, sentam-se.

Gol do Brasil: até a presidenta vibra
Intervalo. Hora de instagramar e facebucar fotos da festa. Mulheres de salto, maquiadas, jeans justíssimos. Homens de gel, calças igualmente justas e mocassim. Reclamam das filas para lanchonete e banheiro e da conexão ruim. Volta o jogo. Brasil consegue um penalti suado e roubado. Comemoram por segundos e decidem xingar outra vez a chefe de estado.

É nesse ponto que minha indignação ganha ritmo e é sobre isso que quero falar.

Depois de um gol você comemora, e não dá as costas ao jogo para xingar. A questão é menos a manifestação coletiva, por mais deselegante que tenha sido, do que o momento em que ela aconteceu. Porque o momento – logo depois de um gol suado e decisivo – fala muito sobre quem somos.

domingo, 8 de junho de 2014

Maracanazo: 64 anos depois, documentário tenta descobrir se Brasil superou trauma

Da BBC.

Disponível aqui.

Mais de seis décadas após perder a Copa em casa, o Brasil tem, pela primeira vez, a oportunidade de curar o trauma nacional causado pela derrota para o Uruguai dentro do Maracanã.

O episódio, que ficou imortalizado pelo termo cunhado pelos próprios uruguaios, Maracanazo, foi a maior tragédia da história do futebol brasileiro e marcou para sempre a vida dos jogadores da seleção de 1950.

Durante os treinos da seleção na semana passada, na Granja Comary, um dos assuntos mais recorrentes eram o fantasma da Copa de 50 e a expectativa dos jogadores de poder enterrá-lo de uma vez por todas.

O capitão Thiago Silva reconheceu em entrevista a jornalistas que a seleção sabe da "pressão" para ganhar o título em 2014. Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico da seleção, disse que a derrota para os uruguaios está "entalada na garganta".

Mas será que uma eventual derrota brasileira na final desta Copa poderia causar o mesmo trauma de 50?

Gol de Gigia: derrtta traumática
Esta foi uma das questões que o documentário de rádio do Serviço Mundial da BBC, CliqueThe Burden of Beauty, tentou responder. O programa, cuja segunda parte vai ao ar na próxima quarta-feira, abordou as pressões – dentro e fora dos estádios – que o Brasil sofre por disputar o Mundial em casa.

Amadurecimento

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Com dois anos de atraso, Dilma rebate lendas sobre a Copa

Luís Nassif

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Uma nova pequena amostra sobre os erros da centralização de decisões nas mãos da presidente da República.

Dilma centraliza todas as decisões


quarta-feira, 28 de maio de 2014

O Nobel e o totalitarismo científico

Do Blog Informação Incorrecta

Original aqui.

Ciência?
Assunto complicado: perguntem a Randy Wayne Schekman, o biólogo celular estadunidense.

Foi laureado com o Nobel da Medicina em 2013, trabalha na Universidade da Califórnia em Berkeley, é membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unido. Recebeu uma enormidade de prémios e reconhecimentos.

Schekman: a ciência está nas mãos de uma casta fechada e não independente

Mas Schekman não está satisfeito, e o problema é mesmo isso: a Ciência.
Num recente artigo do jornal britânico The Guardian, afirmou:

    "A ciência está em risco; já não é de confiança porque está na mão duma casta fechada e não independente."

sábado, 24 de maio de 2014

Paradoxos sociais nas pesquisas de opinião


Rodrigo Medeiros

Original aqui.

A mais recente pesquisa de opinião do Ibope sobre as eleições de outubro próximo mostrou algo que entendo ser merecedor de comentários e reflexões. Destacarei dois quadros da pesquisa e buscarei reproduzir, em certa medida, a tese que venho defendendo depois de junho passado.

Segundo o Ibope, 80% dos brasileiros estão satisfeitos com a vida que levam. No entanto, o desejo de mudança atinge 65% das expectativas sociais para o próximo período presidencial. Desde junho passado, venho frisando que as reconhecidas melhorias nas vidas das pessoas elevaram as expectativas das mesmas. Nesse contexto de desejo de mudança, a observação de Lenin parece se encaixar muito bem: os governados não poderiam continuar sob um governo à moda antiga e os governantes não poderiam continuar governando como antes (Harriet Swain [org.], “Grandes questões da história”. José Olympio, 2010). Ainda que 57% tenham declarado ao Ibope pouco ou nenhum interesse nas eleições de outubro atualmente, o sentimento difuso de mudança persiste.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O grande erro do modelo elétrico foi a rigidez da ecologia

Do site de Luís Nassif

Original aqui.

Por Igor Cornelsen
Caro Luis

Sou engenheiro civil especializado em barragens para geração de eletricidade.

Quando estudava em Curitiba, na Universidade Federal do Paraná, entre 1965 e 1970, o laboratório de hidráulica da escola de engenharia modelavam uma série de barragens no rio Iguaçu, que foram depois construídas pela COPEL e Eletrosul.

Se houvessem grandes reservatórios nas duas barragens do rio,  o Acre não teria ficado isolado"

O rio que antes transbordava, invadia cidades, deixava regiões isoladas, hoje está domado, gera energia o ano todo, e suas barragens armazenam água na época das cheias, evitando transtornos à população, e gerando eletricidade no resto do ano.

domingo, 11 de maio de 2014

Dia das Mães

Uma singela homenagem às mães mais importantes.

Em nome de Vivi e de Dudu.

Obrigado Vânia. Obrigado, Rosa.

Que Deus as preserve, e continue fazendo em vocês o Porto Seguro nas vidas de meus maiores tesouros.


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Salário mínimo é responsável por 70% da redução da desigualdade

Akemi Nitahara
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A valorização do salário mínimo na última década foi responsável por 70% da redução no coeficiente de Gini, que passou de 0,594, em 2001, para 0,527, em 2011. O índice mede a desigualdade de renda no mercado de trabalho e, quanto mais próximo de 0, menor a diferença entre os maiores e os menores salários.

De acordo com o professor Naercio Menezes Filho, do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, a redução da desigualdade promovida pela valorização do salário mínimo é ainda mais evidente entre as mulheres. “Da redução do [coeficiente de] Gini no mercado de trabalho, o salário mínimo é responsável por cerca de 70%. O efeito é mais importante para as mulheres do que para os homens, já que há muitas mulheres ganhando salário mínimo, principalmente empregadas domésticas”, disse.

Evolução do Salário Mínimo melhorou a desigualdade


O professor participou ontem (7) do seminário Política de Salário Mínimo para 2015–2018: Avaliações de Impacto Econômico e Social, organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) e pela Escola de Economia de São Paulo (Eesp-FGV).

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Stephen Hawking teme que inteligência artificial possa ameaçar a humanidade

Considerado a maior mente científica da atualidade, o renomado físico Stephen Hawking demonstrou preocupação com o futuro da humanidade por conta do avanço da inteligência artificial. Em carta enviada ao jornal The Independent, Hawking fez algumas considerações a respeito dos potenciais impactos da IA, afirmando que “essa seria a maior conquista da humanidade até então e possivelmente a última”.

Parte das considerações do físico foram feitas em função do filme Transcendence, que trata justamente de um cenário envolvendo a inteligência artificial e sua relação com os seres humanos. “Olhando lá na frente, não há limites fundamentais para o que pode ser alcançado: não há lei da física que impeça partículas de serem organizadas em maneiras que possibilitem computações ainda mais avançadas do que as realizadas no cérebro humano”, afirmou o físico.



O cientista chama a atenção para um conceito criado em 1965, chamado “singularidade”, em que as unidades inteligentes entrariam em um processo de auto-aperfeiçoamento. “Uma transição explosiva e instantânea é possível, porém pode acontecer de maneira diferente do que aconteceu no cinema. Como Irving Good publicou em 1965, máquinas com inteligência superhumana poderiam melhorar seu design repetidamente, melhorando cada vez mais as suas funções e desencadeando o que Vernor Vinge chamava de 'singularidade' e que o personagem do filme Transcendence - A Nova Inteligência, estrelado por Johnny Depp, cita em alguns de seus diálogos”.

Para ele, o que poderia acontecer diante disso, seria o que foi mostrado no filme Matrix, de 1999, em que os seres humanos perderiam o controle sobre o planeta. “As máquinas poderão manipular mercados financeiros, seres humanos, desenvolver armas que nós não poderíamos entender e provavelmente provocariam o fim da nossa espécie se não aprendermos a controlar os danos”, adverte o físico.

Stephen Hawking afirma, ainda, que, ao mesmo tempo em que há pesquisas sérias sobre IA em todo o mundo, não há estudos com o que ele chama de “contra medidas”, que seriam meios de deter ou controlar o avanço autônomo da inteligência criada artificialmente por computador.

“Então, encarando os possíveis futuros com benefícios e riscos incalculáveis, os especialistas estão fazendo tudo que está ao alcance deles para garantir o melhor resultado, certo? Não é bem assim. Pouquíssimas pesquisas de contra medidas são desenvolvidas e levadas a sério fora de institutos não lucrativos como o Centro de Estudo de Riscos Existenciais de Cambridge, o Instituto do Futuro da Humanidade, o Instituto de Pesquisas de Inteligência das Máquinas e outros similares”.

“A questão é que todos nós deveríamos pensar um pouco mais a respeito dessa questão. Será que se criássemos inteligência artificial e essa inteligência decidisse viver, o desejo de viver seria algo irrelevante, pré-programado, mesmo que involuntariamente, ou algo espontâneo a ser respeitado? E o que as máquinas achariam disso?”, diz Hawking, autor do clássico “O Universo numa Casca de Noz”, de 2001.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Renda e desigualdades

Delfim Netto

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Nunca houve “milagre brasileiro”. Essa é uma expressão inventada pela oposição, que não acreditava e continua não acreditando no Brasil. O que aconteceu nos períodos de maior crescimento do século XX foi que os brasileiros tinham confiança nos governos e trabalharam duramente para conseguir uma melhora importante no desenvolvimento econômico. A distribuição de renda não melhorou, mas todos aumentaram os rendimentos, uns mais do que outros.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Brasil é pioneiro na luta contra monopólio dos EUA na web, diz Le Monde

Jornal GGN

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O Senado aprovou ontem o Marco Civil da Internet e o fato não só foi comemorado por alguns setores aqui no Brasil, como foi aclamado em países como a França. Um dos principais jornais da Europa, o francês Le Monde destacou a seguinte manchete: “O Brasil lidera a batalha contra a hegemonia norte-americana na Web”.




Para o Le Monde, o Marco Civil da Internet garante a liberdade de expressão, a proteção da vida privada e a igualdade de tratamento de qualquer tipo de conteúdo. Além disso, para eles o Brasil, diferente da França, enfrentou os Estados Unidos após o escândalo sobre as escutas feitas pela agência americana NSA, denunciadas por Edward Snowden.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

BRICS devem criar seu próprio FMI

Do vz.ru

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Muito em breve, o FMI vai deixar de ser única organização do mundo capaz de prestar assistência financeira internacional. Os países do BRICS estão criando instituições alternativas, incluindo uma moeda de reserva e um banco de desenvolvimento.

Os países do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - fizeram progressos significativos na criação de estruturas que serviriam como uma alternativa para o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, que são dominados pelos EUA e a UE.

domingo, 13 de abril de 2014

Reforma do FMI: Brasil proporá 'alternativa' à entrave nos EUA

Da BBC
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O Brasil oferecerá ao Fundo Monetário Internacional (FMI) uma alternativa para aprovar a reforma na estrutura de cotas da instituição que aumentaria o peso do voto de países emergentes sem que isso dependa do trâmite da questão no Congresso americano.

Em discurso neste sábado para o Comitê Monetário e Financeiro Internacional, o órgão político do FMI, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, proporá desvincular o tema das cotas do resto da reforma.

Alguns elementos desta reforma do FMI aprovada em 2010 mexem com o estatuto do Fundo, e por isso requerem ratificação dos legislativos nacionais de seus países membros. Porém, sem o sinal verde do Congresso dos Estados Unidos, onde a questão está parada há quatro anos, as mudanças se tornam inviáveis.

Mantega defenderá que essa desvinculação "é legalmente factível e nos permitiria avançar independente do que acontece no Congresso americano".

Paralisia

terça-feira, 8 de abril de 2014

A Mercedes que Manda

A superioridade dos carros equipados com motores Mercedes neste começo de temporada da Fórmula 1 é, de fato, esmagadora. Parece que os motores tem uma quantidade de potência muito maior do que os demais, tal a vantagem que apresentam.

De fato, as equipes Mercedes, Mclarem, Williams e Force Índia, todas empurradas pelo mesmo motor Mercedes estão sobrando nas corridas - a própria Mercedes por excelência. Mas, segundo os "espiões"das outras equipes e da imprensa especializada, não se trata meramente de uma questão de potência. É uma solução na arquitetura dos componentes.

Assim, a tendência é que esta superioridade se prolongue ainda por um bom tempo, já que as vantagens são fundamentalmente estruturais, e não apenas na construção do bloco do motor em si.

O vídeo abaixo dá uma ideia do que foi a solução encontrada pela Mercedes.



Para entender melhor é necessário um pouco de conhecimento sobre motores turbos e seu funcionamento.

sábado, 29 de março de 2014

O Rancor da Perda

Carla Kreeft

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O Brasil vive um momento de reorganização social. A classe média cresce como resultado de uma mobilidade induzida por políticas sociais compensatórias, criação de empregos e manutenção da estabilidade econômica. A notícia é velha, mas boa.

Com a ampliação da classe média, o consumo do varejo aumenta, o dinheiro circula mais, a venda de imóveis, veículos e bens duráveis sobe. Em resumo, parece ser bom para todo mundo. Mas só parece. Tem aí um segmento que está muito incomodado. Trata-se da velha classe média – aquela que já era classe média desde o período da ditadura.


sexta-feira, 28 de março de 2014

quinta-feira, 27 de março de 2014

Vitória do consumidor na aprovação do Marco Civil da Internet na Câmara

Do Blog Proteste

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PROTESTE acompanhará tramitação do projeto no Senado, que tem 45 dias para votar.

A PROTESTE Associação de Consumidores comemora a aprovação do Marco Civil da Internet, ontem (25), pela Câmara dos Deputados. Trata-se de uma grande conquista dos consumidores, que garante a democracia, a neutralidade das redes e a liberdade de expressão na Internet.



Mas a Associação espera a votação pelo Senado o quanto antes. Há prazo de 45 dias para apreciação do Projeto de Lei nº 2126/2011, após três anos em tramitação na Câmara. Se aprovado como está, o Marco Civil garantirá a neutralidade da rede, segundo a qual todo o conteúdo que trafega pela internet é tratado de forma igual.

domingo, 23 de março de 2014

Cláusula Marlim: o erro central na compra da refinaria

Luis Nassif

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Há ainda muita fumaça em torno da compra da refinaria Pasadena pela Petrobras. Juntando algumas peças dá para entender melhor o caso. O ponto central é a cláusula Marlim, pela qual a Pasadena teria que garantir 6,9% de rentabilidade mínima a um dos sócios - o grupo Astra - independentemente dos resultados.



De 1998 a 2005 o mercado interno de combustíveis permaneceu estagnado.

A produção interna crescia pouco e havia a expectativa de aumento da participação do petróleo pesado na produção total. Esse petróleo exigia a adequação de refinarias existentes.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Mais Feio



Este vídeo eu "peguei" no Blog de Flavio Gomes. Lá ele diz: "sem juízo de valor". Aqui se diz com juízo de valor. Sem sompra de dúvidas.

O som da Fórmula 1 não é mais o mesmo.

A gente vai se acostumar, mas que ficou mais feio, ficou.

segunda-feira, 17 de março de 2014

10 anos do “Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro”: Sem motivos para comemorar

Luciano Losekann

Blog Infopetro

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Nesse ano de 2014, o chamado “Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro” completa 10 anos. O modelo foi gestado como uma resposta à crise setorial que culminou no racionamento de 2001/2002 e um compromisso de campanha do presidente recém-eleito, Lula. Após um período de debate no ano de 2003, o modelo foi implementado através de duas medidas provisórias, posteriormente convertidas em leis, e cinco decretos entre maio e julho de 2004.

A principal motivação do novo arcabouço setorial era garantir a segurança do abastecimento. Para cumprir esse objetivo, o Estado retomou o papel de coordenador e planejador setorial e o regime contratual do setor foi modificado. No Ambiente de Contratação Regulado, as distribuidoras atenderiam 100% de sua necessidade através de contratos de longo prazo negociados através de leilões competitivos.

sábado, 8 de março de 2014

8 de Março

Mulheres




Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa:

elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto sentido.

Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?

E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia hora de voo. Ela fala pra você levar um casaco, porque “vai fazer frio”. Você não leva. O que acontece?

O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!

“Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça…” Se você não levar o “sapato extra”, meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado…

O sexto sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil…

As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si.

Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em “praga de mãe”, “amor de mãe”, “coração de mãe”…

Tudo isso é meio mágico…

Talvez Ele tenha instalado o dispositivo “coração de mãe” nos “anjos da guarda” de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam? Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens… É choro feminino. É choro de mulher…

Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar. Quantos tipos de olhar existem? Elas conhecem todos…

Parece que frequentam escolas diferentes das que frequentam os homens!

E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?

Para estudar os homens, é claro! Embora algumas disfarcem e estudem Exatas…

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era “um continente obscuro”. Quer evidência maior do que essa? Qualquer um que ama se aproxima de Deus. E com as mulheres também é assim. O amor as leva para perto dele, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem “estar nas nuvens”, quando apaixonadas.

É sabido que as mulheres confundem sexo e amor. E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida. Pena que eles nunca verão as mulheres anjos que têm ao lado. Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.

Mas elas são anjos depois do sexo amor. É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. Algumas até voam. Mas os homens não sabem disso. E nem poderiam. Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora.”

Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 5 de março de 2014

Porque amamos corridas de automóvel

Porque elas podem ser assim!

A disputa é pelo segundo lugar, na última volta.





O que remete a lembranças de outra disputa, também pelo segundo lugar, também na última volta. Mas com a inconfundível assinatura do mito Giles Villeneuve.


sábado, 1 de março de 2014

Abstinência de Velocidade!

Só quem é realmente fã de Fórmula 1 - e eu conheço pessoalmente uns dois ou três apenas - sabe da crise que é a abstinência entre as temporadas.

Para os que não são fãs, resta a mim a catequese. Vejam isso. Sejam fãs. Ou, pelo menos, entendam porque existem os fãs.


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Paradoxo da Roda



Este é um problema que conheci a pouco, a despeito de sua antiguidade. Na verdade, o filósofo grego Aristóteles teria observado este fenômeno lá pelo século IV A.C.

Aristóteles descreveu este fenômeno como o "Paradoxo da Roda".

O que Aristóteles observou, e já lá se vão mais de 2400 anos, é realmente intrigante. Suponha, leitor amigo, que uma roda gira sobre uma superfície qualquer. Por exemplo, a roda de um carro rodando sobre o asfalto de uma estrada. Consideremos que a roda descreveu uma volta completa (rotação) sobre si mesma. Assim, a distância total percorrida pela roda é exatamente igual ao seu perímetro (ou o aro do pneu).

O que Aristóteles observou foi que se houver uma roda interna (como por exemplo uma calota), ela necessariamente percorrerá a mesma distância que a roda externa, já que ambas estão viajando juntas. Mas ao mesmo tempo Aristóteles via, estupefato, que elas não poderiam percorrer a mesma distância, já que ambas descrevem uma rotação completa, sendo seus tamanhos são diferentes. Isto forçaria as rodas a percorrerem distâncias diferentes.

Um problema e tanto para o Filósofo.

Assim, ao mesmo tempo em que elas precisam percorrer a mesma distância, pois estão rotacionando juntas, elas precisam percorrer distâncias diferentes, pois o diâmetro de uma é menor do que o da outra.

A figura abaixo dá uma ideia do problema.




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O retrocesso democrático da lei antiterror

Uma articulação de senadores pressiona para que a chamada "lei antiterror" seja votada com urgência. Curiosamente esta mesma urgência não foi vista pelo senado para aprovar outros temas caros a população, como a reforma política. Como esta posta, a aprovação da lei antiterror pode colocar a própria democracia em risco.

Erick da Silva

Original aqui.

Após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, atingido por um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro, senadores tentam aprovar projeto para tipificar o crime de terrorismo no Brasil. O Projeto de Lei 499, de 2013 aponta como crime inafiançável “provocar ou infundir terror generalizado”, e estabelece penas de prisão de 30 anos para quem for enquadrado como "terrorista".


O PL 499, originalmente, nasceu sob a justificativa da Copa do Mundo e das Olimpíadas, os protestos de junho, e as ações radicalizadas que se seguiram, serviram de pretexto para acelerar as discussões. O texto do PL foi elaborado em Comissão Mista composta por senadores e deputados. O grupo de parlamentares foi encabeçado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).(1)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A Ilha de Plástico

Enquanto cada vez mais se avolumam as desconfianças científicas a respeito do aquecimento global, os ambientalistas esquecem de se debruçar sobre um problema concreto, verificável e irrefutável: o plástico.

Do Informação Incorrecta

A ilha de plástico


Aquecimento Global? Os problemas do planeta são outros.



Eu sou Nicoló Carnimeo, ensino na Universidade de Bari [Italia, ndt] mas também sou escritor e navegador; nos últimos três anos tenho feito uma longa viagem que me levou dos oceanos até o Mediterrâneo e quero contar-vos sobre isso.A minha viagem no mar de plástico começou em Londres, onde conheci quem descobriu a Grande Mancha de Lixo do Pacífico. O que é? É uma imensa ilha formada por todos os resíduos de plástico que lançámos nos últimos 50 anos. O mar, através das correntes, os faz convergir em alguns pontos, aí ficam e continuarão a ficar, talvez para sempre.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Camarão que dorme a onda leva

Wagner Iglecias

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Lula surgiu na cena pública brasileira não como político, mas como sindicalista, no final dos anos 70. Barbudo, carrancudo, nordestino e falando com língua presa um português “errado”. Trazia consigo um discurso que criticava a ditadura, os patrões e o sindicalismo tradicional. Desde logo ganhou a rejeição dos setores mais conservadores. Na campanha ao governo de São Paulo, em 1982, pedia votos dizendo que ele seria “um brasileiro igualzinho a você”, referindo-se aos eleitores. Numa época em que o Brasil não somente era ainda uma ditadura militar, mas na qual o preconceito contra nordestinos no Centro-Sul do país era extremamente forte. Ninguém na classe média paulista, por exemplo, queria se parecer com a empregada doméstica baiana ou com o porteiro cearense.

Isso tudo não o impediu, na primeira eleição presidencial pós-ditadura, em 1989, de superar o favorito Leonel Brizola no 1º turno e disputar o turno final contra Fernando Collor. Chegou a liderar pesquisas de opinião a poucos dias da eleição decisiva, mas acabou ultrapassado pelo adversário na reta final. Mesmo derrotado, Lula foi novamente candidato em 1994. Saiu disparado nas pesquisas. O preconceito contra ele continuava brabo, mas havia mudado um pouco de figura. Agora era acusado de não ter aproveitado aqueles cinco anos transcorridos desde a derrota para Collor para ir estudar. No exterior, de preferência. Muitos ainda o viam como o mesmo Lula radical e perigoso de 1982 ou 1989, e as críticas do petismo ao Plano Real não ajudavam a minimizar essa percepção. De fato devia ser duro falar em socialismo para um eleitorado que, com o fim da inflação, estava mais interessado em poder comer carne de frango ou saborear um iogurte. Corroborava-se assim a imagem de um Lula desatualizado, com pequena capacidade de compreender o novo Brasil que se anunciava. Como resultado final, a derrota para o PSDB de Fernando Henrique, que surfou inteligentemente no sucesso da estabilização econômica recém-construída e conquistou o voto popular.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Os Panicopas

O texto abaixo é de uma amiga, ex-vizinha dos tempos de universidade em Campina Grande, e ajudou a mudar minha própria opinião a respeito da Copa do Mundo no Brasil.

Por Fabiana Agra.

Original aqui.



Existe uma campanha em curso contra a Copa 2014 no Brasil. A “turma do contra” é pequena, mas está fazendo um barulho grande, pois estão tendo o apoio da mídia PIG e de alguns governos estaduais e municipais (o estado do Paraná e a prefeitura de Curitiba, por exemplo, abandonaram as obras da “Arena da Baixada”, praticamente comprometida como sede); há também a cartolagem da Fifa, que em nada está contribuindo para melhorar a situação.

No entanto, como diz o cientista político Antonio Lassance, ”a campanha anticopa não seria nada sem o bombardeio de informação podre patrocinado pelos profetas do pânico”. O objetivo desses falsos profetas não é prever nada, mas incendiar a opinião pública contra tudo e contra todos, inclusive contra o bom senso. E esses “panicopas” ou profetas do pânico da Copa, estão levando consigo muita gente boa, mas que anda desinformada em relação à Copa do Mundo no Brasil. E essas pessoas, infelizmente, ao entrarem nesse clima de desinformação, estão espalhando ódio e descrença na competência do Brasil sediar o evento. E os profetas do pânico na Copa agradecem.