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terça-feira, 26 de junho de 2018

Um Jedi me falou sobre a urna eletrônica

São seis lições apenas. Fáceis.



Urna eletrônica: parte 1.

"É fácil fraudar a Urna Eletrônica. Basta substituir o programa!"

Não, jovem Padawan. Não é assim.

Senta e aprende!

O programa, bem como todos os demais arquivos da urna eletrônica, tem seu identificador (MD5) divulgado. Este identificador é único, de forma que se houver a substituição de um único bit que seja, isto será percebido imediatamente na geração dos resultados.

Aguardem a parte 2.

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Urna eletrônica: parte 2.

"Se invadem até o site da NASA, como não invadiriam a urna eletrônica?"

Não, jovem Padawan. Não é assim.

Senta e aprende!

O site da NASA está conectado à Internet. E mesmo assim apenas algumas páginas de menor importância foram invadidas.

A Urna Eletrônica não tem qualquer dispositivo de conectividade em rede; não é acessível remotamente; não está na Internet.

Logo, não pode ser hackeada à distância.

Aguardem a parte 3.

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Urna eletrônica: parte 3.

"Vários testes do próprio TSE/TRE já comprovaram que é possível fraudar a urna eletrônica!"

Não, jovem Padawan. Não é assim.

Senta e aprende!

Os testes que comprovaram fragilidades foram sempre feitos em "local hacking", ou seja, o hacker tem acesso DIRETO aos componentes (memória e dispositivos) da urna. Nesta situação, qualquer computador é violável.

Mas o proceso eleitoral se dá com a urna fechada e lacrada. Nestas condições jamais houve um caso de sucesso em violar a Urna.

Aguardem a parte 4.

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Urna eletrônica: parte 4.

"O resultado que a urna produz pode ser trocado para favorecer algum candidato!"

Não, jovem Padawan. Não é assim.

Senta e aprende!

O resultado que a urna produz é assinado digitalmente. Isto significa que é possível se verificar matematicamente que o resultado foi realmente produzido pela urna.

Se quiser saber mais, pesquise sobre criptografia RSA.

Se um único bit do resultado for modificado, então a verificação da assinatura eletrônica falha, e a fraude fica evidente.

Além disso, não há computador no planeta que consiga copiar uma assinatura digital. Para isto, seriam necessários alguns séculos de processamento, mesmo com os computadores mais rápidos.

Aguardem a parte 5.

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Urna eletrônica: parte 5.

"A urna eletrônica não pode ser auditada!"

Não, jovem Padawan. Não é assim.

Senta e aprende!

Além da verificação do MD5 (veja na parte 1) e da assinatura digital (veja na parte 4), há um sistema de votação paralela, em que algumas urnas são escolhidas aleatoriamente e submetidas a uma votação controlada de forma a verificar se há alguma discrepância.

Só que em quase 3 décadas de votação eletrônica, jamais se verificou qualquer problema em qualquer urna.

Aguardem a parte 6.

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Urna eletrônica: parte 6.

"Uma pessoa pode modificar os dados do TRE/TSE no momento da apuração!"

Sim. De fato, jovem Padawan!

Mas, jovem Padawan, use sua Força e veja que isto não é privilégio da urna eletrônica. Na urna tradicional também podem ser feitas alterações dos dados no momento da apuração.

Com a diferença que a urna eletrônica pode ser consultada novamente, e sempre vai emitir os mesmos resultados (veja Parte 4). A urna tradicional, uma vez aberta, pode ter seu conteúdo facilmente modificado.

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