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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Guerra de Gigantes

Parece haver algumas simplificações questionáveis no texto. Mas é muito instrutivo e ilustra bem este mundo em que a Computação precisa ser integrável, componentizável e distribuída. Economicamente inclusive.

O original pode ser lido no Blog do Nassif. Aqui.

A estratégia dos gigantes do software



Enviado por luisnassif, ter, 06/12/2011 - 13:51
Assisto agora o Oracle Openworld, que reúne 11 mil visitantes.


É interessante a tendência das grandes empresas de software. Oracle, IBM e SAP definiram estratégias claras. Há três camadas de tecnologias: a infraestrutura (servidores), o middleware (camada intemediária de software) e os aplicativos.


Nos últimos anos, a tendência das três grandes corporações foi a de adquirir desenvolvedores visando abarcar todos os tipos de aplicação e serviços e oferecendo a integração como diferencial.


Há clareza de estratégia, a ponto da própria IBM ser uma desenvolvedora de aplicativos utilizando ferramentas Oracle, por exemplo.


Nessa caminhada, houve a criação de uma enorme gama de aplicativos. Vice-presidente da Oracle para a América Latina, Luiz Meisler informa que a empresa possui 9 mil aplicativos, por exemplo.


Para outros setores, poderia ser visto como dispersão de foco. No caso desse setor, cada aplicativo é visto como um componente de um veículo maior, que necessita apenas ser integrado.


A explicação automobilística de Meisler, é que cada cliente pode montar o carro que quiser, adquirindo peças de diversos fornecedores. Já companhias como a Oracle oferecem o carro completo.


Outro ponto relevante é a definição do foco de atuação: as três, IBM, Oracle e SAP visam o mercado corporativo.


Quando se questiona sobre a Microsoft, a Oracle não admite comparações. Diz que a Microsoft tem presença porque é grande. Mas não tem foco, não tem estratégia.


De fato, na era do desktop, a Microsoft se valeu do poder de monopólio do Windows para avançar em todas as frentes: redes, bancos de dados, ferramentas de desenvolvimento (dot net, active x), aplicativos de escritório, games, navegadores, som etc.


O forte da Microsoft foi a estratégia empresarial - facilitada pelo monopólio dos sistemas operacionais. A lógica da Microsoft era livrar o usuário comum - empresa ou pessoa física - da ditadura do desenvolvedor. Em cima disso, a empresa montou estruturas imensas de desenvolvedores especializados em suas ferramentas. Mas cometeu um erro básico. Em cada área de desenvolvimento quis desenvolver sua própria ferramenta, mas sempre trabalhando o conceito do software proprietário e dificultando a integração entre ferramentas, para valer prevalecer seu predomínio sobre SOs e aplicativos.


O mundo partiu para os sistemas abertos, como Java, Google DOCs etc.


Agora, na hora de atualizar a estratégia, não havia um Bill Gates a quem recorrer.


Tempos atrás, aiás, aqui no blog foi publicado um comentário muito esclarecedor sobre as razões que levaram a Microsoft a perder o barco dos sistemas operacionais de tablets e telefones. Exigia-se um sistema mais enxuto. Mas o "dono" do Windows recusou-se a emascular seu SO.


Consequência: Apple e Google ocuparam rapidamente o espaço.

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