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domingo, 6 de novembro de 2011

Esporte abalroado



Desde que assinei o canal Speed tenho acompanhado a NASCAR em suas três principais categorias: a Sprint Cup, onde correm os principais pilotos e equipes, a Natonwide Series, uma espécie de segunda divisão de luxo e a Truck Series, uma corrida de pick ups na qual participam os brasileiros Miguel Paludo e Nelson Piquet Jr.

E foi nesta categoria que assisti a um dos momentos mais incríveis de falta de esportividade, desrespeito e inconseqüência.

Era uma disputa por posição entre Kyle Bush, o ótimo piloto do truck número 18 contra Ron Hornaday Jr., a bordo da pick up número 33.

A pista estava ruim para todos, como se pode notar nas curvas, em que muitos pilotos tinham dificuldade de contornar. Hornaday inicia uma manobra de ultrapassagem limpa sobre Bush. Mas perde momentaneamente o controle quando eles passam por um piloto mais lento. Tocam-se levemente e ambos acabam raspando o muro. Momento tenso, em que os dois pilotos escapam de um acidente grave, e a prova entra em bandeira amarela.

Culpa de Hornaday? Pode ser. Mas seguramente uma condição de corrida.

Neste momento, o destempero de Kyle Bush toma o controle de seu cérebro, e o piloto simplesmente acerta o adversário propositadamente, em bandeira amarela (que é muito apropriadamente chamada de caution nas provas da NASCAR), jogando ambos contra o muro.

Hornaday estava disputando o título (Bush corre sem participar do campeonato, já que disputa nas categorias superiores) e viu sua prova terminar em zero ponto.

A NASCAR decidiu punir Kyle, excluindo-o das demais provas do final de semana (Nationwide e Sprint), mas isso pode não ser tudo. A atitude deste piloto ultrapassa os limites da irresponsabilidade e da falta de esportividade.

A atitude de Kyle Bush sugere que ele não possui controle emocional suficiente para estar em corridas de automóvel. Colocá-lo em ovais, junto com outros 40 carros em altíssima velocidade, disputando posições rente ao muro, pode ser uma temeridade. Hora parar um pouco e tentar refletir.

Não dá para correr assim.

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