Uma das histórias mais impressionantes da segunda guerra mundial dá conta de americanos que, sem recursos, sem armamentos e sem soldados, usaram e abusaram de arte.
Em meados de 1944, já próximo do fim da guerra, dois franceses relataram que, desavisados, entraram no perímetro de segurança da Vigésima Terceira Tropa de Forças Especiais dos EUA.
O que seria apenas um incidente entre aliados, ganha contornos dramáticos quando os franceses vêem, sem acreditar, um tanque de guerra sendo carregado por quatro norte-americanos.
"Os americanos são muito fortes", responde um dos soldados.
Não eram tão fortes assim. Nem tão numerosos. A XXIII Tropa era formada primordialmente por artistas que, criativos e sem muita disposição para a guerra, montaram uma série de esquetes teatrais para iludir - e amedrontar - seus adversários.
Tanques infláveis de borracha (sim, era esse o segredo da "força" dos soldados) eram apenas uma parte do que a criatividade produziu naquela tropa. Outros recursos usados foram artilharia de borracha, efeitos sonoros e falsas transmissões de rádio, que faziam a tropa de artistas parecer um grande exército pronto para o ataque. Isto e mais um grande trabalho de atuação cênica, fazendo caminhões darem voltas para aparentar a chegada de um imenso contingente, visitar cidades vestidos de generais para intimidar o inimigo, frequentar cafés franceses para espalhar fofoca entre os espiões que poderiam estar no lugar.
Essas e outras peripécias são contadas pelos sobreviventes, e por estudiosos da Segunda Guerra. Mas em breve estarão disponíveis no documentário "The Ghost Army", produzido pela rede americana PBS.
O Trailler já está disponível.
Genial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui