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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O "Boca" de Novo!

Mais uma vez , e mais uma “festa” do Boca Du Mar incomoda a população da cidade.

Não é novidade que o “Boca Du Mar”, por um motivo que me é absolutamente incompreensível, deixou de ser o melhor restaurante da cidade, e um dos melhores que já conheci – tanto pela sua localização espetacular quanto pela sua cozinha – e se tornou um local de eventos públicos de gosto duvidoso e respeito nenhum pela qualidade de vida da sua vizinhança e pelo trânsito da cidade inteira.

Já houve outros episódios, como os que são relatados por moradores da Av. Lomando Júnior (leia aqui), em que o Lucro do “Boca Du Mar” fica garantido, a despeito dos inúmeros danos ao trânsito, à paz, ao sossego e à segurança de várias pessoas, sem que se veja nenhum tipo de sanção por parte do Poder Público.

A princípio há um fato inegável: não é possível se permitir que eventos desta natureza sejam localizados a menos de 100 metros da saída da ponte Ilhéus-Pontal. Simples assim. Ocorre que ali há uma natural aglomeração de veículos, já que a Ponte é o único elo de ligação entre os dois lados da cidade. Qualquer evento que acumule muitas pessoas e/ou veículos necessariamente gerará transtornos incontornáveis.

Fora a poluição sonora que é imposta aos cidadãos que habitam a vizinhança.

A pergunta então é a seguinte: como consegue o “Boca Du Mar” a permissão para tais eventos?

Muito modestamente, não consigo ver o menor sentido em se conceder alvará para funcionamento de uma casa de shows naquele ponto. A quantidade de transtornos gerada a cada evento é sempre muito maior que os benefícios, e prejudica uma quantidade de pessoas muito maior do que as que “se divertem” ou “ganham dinheiro”.

Então das duas uma: ou há um alvará concedido pela prefeitura de maneira pouco criteriosa – para dizer o mínimo – ou, o que seria pior, o Boca Du Mar promove seus eventos, e impõe os transtornos a toda uma população, sem sequer possuir permissão para isso.

É o caso, com certeza, de os moradores incomodados tratarem o caso em instâncias superiores. Do meu ponto de vista, é hora de o Ministério Público atuar, apurando o seguinte: O Boca Du Mar possui alvará para funcionar como casa de show? Em caso positivo, que critérios foram usados para conceder tal permissão? Em caso negativo, porque não se vê as devidas sanções e proibições, papel que cabe à Prefeitura Municipal?

Há um instrumento jurídico, a Ação Civil Pública, que é um processo movido pelo Ministério Público quando o interesse de toda uma coletividade está em jogo.

Já é passada a hora. Que se movam os cidadãos, e exijam seus direitos. Que atue o ministério público. Que o Lucro do Boca Du Mar deixe de ser conseguido à custa da imposição de transtornos a toda uma população.

Que Ilhéus consiga, afinal, superar a era do Coronelismo, e finalmente passe a viver no Estado Democrático de Direito.

2 comentários:

  1. Apesar de em parte concordar com o que está escrito, considero o Boca du Mar um excelente local para shows e uma das poucas opções de entretenimento aqui em Ilhéus.

    Claro, como todo ilheense já estive nos dois lados, tanto no caos do trânsito, quanto na diversão da festa, e, lógico, enquanto no trânsito eu tinha pensamentos bem iguais aos seus.

    O que, em minha opinião, deveria ser feito é uma mudança no horário de início de festas para que o horário não se choque com os horários de pico do tráfego normal, se bem que geralmente não se chocam.

    Era um excelente restaurante, hoje em dia o melhor espaço para festas no centro da cidade e creio que com tamanha falta de opção de diversão na cidade, seria um erro acabar com o Boca.

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    1. O que acontece se, um dia, o SAMU ou os Bombeiros ou mesmo um cidadão comum não puder passar para atender uma emergência? E se alguém acabar morrendo?

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