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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dois pesos, duas medidas

Interessante observar o quase silêncio da grande mídia a respeito da revolta popular no Barhain.

A mesma imprensa que se cala, ou quase, frente à opressão dos líderes daquele país contra seu povo, meses atrás "denunciou" em páginas e editoriais inteiros o "golpe" que aconteceu na venezuela.

Ali o Presidente conseguiu, via emenda que tramitou legitimamente no congresso, modificar a constituição para que ele possa se candidatar e reeleger indefinidamente.

Os que acusam o golpe esquecem-se de que ele só se reelegerá de acordo com a vontade soberana do povo venezuelano. Pode-se criticar a modificação das regras do jogo, e evidentemente não parece correto dar ao presidente Chávez uma possibilidade de reeleição que ele não possuía quando foi eleito.

Ocorre que uma pergunta insiste: e porque no caso do Barhain as informações que chegam são omitidas?

Não fosse o cancelamento da corrida de Fórmula 1 - um sintoma de que as coisas por lá estão extremamente graves - e nós nem tomaríamos conhecimento, pela grande imprensa, das atrocidades que se cometem hoje naquele país.

Ali o governo, que não é eleito, não se submete ao julgamento popular e não está sujeito aos poderes legislativo e judiciário, simplesmente está afogando todo o movimento popular.

De maneira impiedosa, usando a força sem nenhum escrúpulo.



Porque uma manobra política na Venezuela é destaque manchetes e páginas por semanas ao passo em que a flagrante infração dos direitos políticos e humanos no Barhain some tão rápido da mídia?

Será que é porque o país oriental é aliado dos EUA e, portanto, "moderno", (leia aqui) enquanto a Venezuela representa o "modelo velho e ultrapassado"?

Ou estará velha esta velha imprensa que temos?

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