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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ilhéus perdendo tudo

Lá no Blog do Gusmão começou a aparecer o que se teme ser a ponta de um Iceberg: o cancelamento de verbas para a Ferrovias leste-Oeste. Leiam aqui.

Não há nenhuma dúvida razoável quanto a necessidade que a cidade de Ilhéus tem do complexo Intermodal. Não há grandes resistências entre as pessoas da região, que compreendem e desejam a vida do empreendimento.

Sendo um município que caminha rapidamente em direção à falência, o cancelamento desse projeto pode ser a pá de cal nesta região ex-cacaueira que experimenta a maior decadência econômica e social de todo o Brasil, já que enquanto o país melhora seus índices de emprego e renda, aqui só se vê números cada vez piores.


O caminho que se apresenta para Ilhéus é muito claro, em se mantendo o rumo atual. Basta ver que a arrecadação não dá conta das necessidades da cidade, que a geração de emprego não satisfaz às carências da população, que a oferta de bens e serviços é incipiente e totalmente ultrapassada, que a administração pública está cada vez mais inviabilizada financeira e politicamente.

Ilhéus está simplesmente caminhando para seu fim. Em breve será uma cidade insustentável: desemprego, violência, falta de infra-estrutura. São muitas as mazelas que se avizinham de uma cidade cujo suporte econômico vai ruindo a olhos vistos.

As promessas do Governo do Estado, em se revelando, como cada vez mais parecem ser, vazias de fundamento, serviram apenas para, cruelmente, dar às pessoas a falsa impressão de que havia uma luz no fim do túnel.

Ao mesmo tempo, a oposição ao projeto e, consequentemente, ao Complexo, é implacável. Trabalham incansavelmente nos bastidores da imprensa e da política, nem sempre com o melhor dos escrúpulos, mas sempre com a avidez de um predador voraz. Ingênuos, os ilheenses acabarão por aprender uma dura lição. Talvez da maneira mais cruel.

Porque é necessário acordar e agir. O que antes era uma mera advertência sem sentido de repente se tornou um empecilho e, agora, é definitivamente uma ameaça.

O futuro das pessoas desta região está em jogo. A esperança está na berlinda. Ilhéus, se ainda possui alguma capacidade de resistência, precisa mostrar agora.

Ou será tarde demais.

4 comentários:

  1. A Vitória da natureza contra o Porto Sujo!

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  2. A vitória do gueto do atrazo contra Ilhéus, bando de fdp

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  3. Fiz um desabafo ontem no meu blog. Faz 11 anos que voltei, depois de ter passado mais de 30 em busca daquilo que não poderia encontrar aqui. Desde a volta, venho observando os acontecimentos, a limitação do pensamento da maioria e outros aspectos, especialmente os que se referem à política.
    Não tive coragem de adquirir patrimônio na região. Hoje, cheguei à conclusão de que estava certo.
    Crio dois filhos aqui - um de 19 e universitário e outro de 5 -, não penso em mantê-los no ambiente que predomina ana região. Não quero vê-los broncos nem reduzidos, como ocorre com muitos jovens, infelizmente.
    No final deste mês completo 10 anos de regência no magistério. Como já completei 60, decidi requerer aposentadoria voluntária proporcional).

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  4. Flávio Pietrobon Costa17 de maio de 2011 às 18:00

    Prezado Degas, é verdade. O decreto de corte de verbas para o Porto Sul foi assinado por Dilam dia 10-5-2011. Segue o link para a home-page onde está o pdf do decreto:

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Dsn/Dsn13040.htm

    Infelizmente é verdade e estou de acordo com Souza NEto. Tbm estoua rrumando as malas buscando saida desta Região. Foi ótimo estar aqui, cresci muito na UESC, excelente criar meu filho aqui, ele ter uma infância e adolescência tranquilas, mas é só. Tbm não o quero ver embrutecido e de mente fechada. Foi difícil reverter esta tendência até hoje mas foi possível. Só que não dá mais remar contra a maré do atraso e conservadorismo. Realmente estamos no meio da Mata Atlântica, semi-selvagem. è um privilégio mas estar em uma cidade sem os atrativos de cidade pequena e que começa a ter os prejuízos das cidades grandes... no trânsito, na incompetência da prefeitura, na agressividade de muitos... e sem alternativas econômicas ou perspectivas futuras, como este decreto o fez. Isso não é possível suportar !

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