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quarta-feira, 11 de maio de 2016

O Golpe ficou por um fio

Não há dúvidas que a decisão de Waldir Maranhão não tem fundamento. Mas a falta de fundamento a que se alude refere-se à sua extemporaneidade.

De fato, com o processo já tramitado na câmara, não há sentido em revogar parte dele. Renan Calheiros tem razão. Aliás, a condução do processo no Senado, por parte dele, é irretocável.

Mas que Maranhão deu um baita susto na turma do golpe, lá isso deu.

Porque de fato houve flagrantes vícios na condução do processo na câmara. Coisa que até o anti-PT mais aguerrido, se lhe sobrar alguma serenidade, precisa reconhecer.

Eduardo Cunha atropelou o impeachment na câmara garantindo seu resultado
Não poderia haver, por Lei, encaminhamento de voto. Mas houve. Não pode haver, em nenhum processo, condenação por fato alheio à acusação. Mas houve. Não deve haver, jamais, qualquer cerceamento do direito de defesa. Só que esta sequer pôde confrontar seus acusadores.

O Golpe escapou dessa armadilha porque, convenientemente, Eduardo Cunha só foi afastado quando já era tarde demais para se reverter tudo isso.

Agora estão contornando a última curva, e entrando na reta final. A bandeirada já está logo ali.

Resta o STF. Mas "o tempo da Justiça é diferente". Pode chegar só depois do champanhe.

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