Há um link de um vídeo circulando no Facebook que deveria ser excluído do Youtube.
Ou não deveria. Para nos lembrar para sempre do fato.
Aqui neste Blog ele não aparecerá. Eu mesmo não suportei assisti-lo.
O vídeo mostra em detalhes uma mulher agredindo seu cãozinho, um pequeno Yorkshire (de 30 ou 40cm entre cabeça e cauda) até a morte. Atirando-o ao chão, chutando-o e pisando-lhe a cabeça, repetidas vezes, completamente indiferente à agonia do animal. Uma monstruosidade inominável.
A pior parte: este espetáculo é assistido por uma criança que, impotente, nada pode fazer pelo seu pequeno amigo.
O descontrole psicológico dos seres humanos sempre me surpreende e me assusta. Um deputado que cortava pessoas vivas com sua moto-serra, um traficante que mergulhava suas vítimas vivas em pilhas de pneus e as queimava, para vê-las agonizando em chamas, pais que mantem suas filhas trancadas, sendo seguidamente violadas. E que acabam dando o mesmo destino às netas surgidas deste terror.
Os exemplos são tantos. As explicações, tão poucas.
O sentimento de revolta que nos assalta frente a estes episódios é muito intenso. E é bom que seja assim. Somos humanos, afinal de contas, e é muito salutar que fiquemos indignados ao ver sofrimento espalhado.
Para a Justiça, porém, muitas outras informações precisam ser coletadas e consideradas. O estado emocional dos algozes, eventuais problemas psicológicos, falhas de caráter ou de formação pessoal.
Nada disso acoberta o crime, e nada disso diminui a sensação angustiante de revolta que sentimos. Mas estas luzes podem nos conduzir ao entendimento, pois mais importante que a reação de indignação frente a estes fatos é a reação fria, científica, de observá-los, analisá-los e entendê-los.
Para que sejamos justos nas sanções.
Sim. Isto também.
Mas principalmente para que um dia, talvez, nos abstenhamos de assistir cenas assim.
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