Sempre pairou uma dúvida a respeito de, num dado instante da campanha presidencial, uma certa emissora de televisão ter destoado das demais a respeito de um certo episódio.
Foi o SBT no episódio do Atentado da Bolinha de Papel.
Fraude muito mal articulada que todo mundo viu, muitos se revoltaram, alguns acharam engraçado e uns poucos tentaram justificar.
Particularmente na grande imprensa. Com direito a peritos e análises que eram, no mínimo, surreais.
A Rede Record não entrou na mesma linha. O que já era esperado. E a Globo foi a principal emissora de TV que tentava explicar o inexplicável e defender o indefensável. O que já era esperado também, já que as relações do governo federal com a Rede Record são infinitamente melhores do que com a rede Globo.
Mas o SBT também acusou a fraude no Atentado da Bolinha de Papel. E todos se perguntaram o porquê.
Não que isto seja uma resposta definitiva. Mas efetivamente dá o que pensar quando, menos de 15 dias depois das eleições, chega um socorro oficial (leia-se federal) de 2,5 bilhões de Reais para salvar o Banco de Sílvio Santos - o empresário que dirige o SBT. Leia aqui e aqui para ver como o Banco Panamericano recebeu ajuda do Banco Central.
Evidentemente seria leviano acusar o SBT de ter usado as eleições como moeda de troca. E o Governo Federal de ter aceitado o jogo. Não há nada que não seja circunstancial a respeito.
Mas seria igualmente leviano não considerar essa hipótese. Como diz o jornalista Bóris Casoy, "eu tenho uma eterna desconfiança dos políticos. Deve ser um defeito meu. Ou dos políticos."
Acho que o SBT e o Governo precisam mesmo se explicar muito bem.
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