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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Nazismo do Brasil

Um dia eu tive o interesse de entender exatamente o que propunha a filosofia nazista. Que fundamentos haveria para justificar todos aqueles absurdos de que ouvimos tanto falar.

Queria, na verdade, dar espaço ao contraditório, já que sempre ouvira falar do nazismo pela boca dos que foram contra, e os derrotaram na 2ª guerra.

Aproveitando viagens e oportunidades de encontrar pessoas diferentes no Brasil e no exterior, consegui ouvi-los. Bem como li um tanto de textos de orientação ultra-conservadora. Nessa caminhada eu tive duas grandes surpresas. A primeira é que não é correto dizer que o Nazismo propunha qualquer coisa. Erro de tempo verbal. Ele propõe. No presente.

Porque o nazismo está aí, vivo, discutindo e se apresentando aos espaços sociais e políticos. Ainda que não se identifique pelo nome. Ninguém diz: “prazer, eu sou um nazista”. Mas há muitos nazistas, pode acreditar. Você os percebe ao trocar algumas palavrinhas.

Constatei isso junto com minha segunda surpresa. Os nazistas possuem uma visão extremamente pragmática da relação do Estado com as pessoas. E é isso que justifica, para eles, toda uma série de medidas, digamos, pouco ortodoxas.

Para os nazistas é simplesmente intolerável que as pessoas sejam um “peso” para o estado. Não estou falando de cabides de emprego ou políticos corruptos. Para os nazistas, qualquer pessoa que porventura dependa da ajuda do Estado para viver é simplesmente um peso. Não se deve aceitar. Esse elemento precisa ser eliminado.

Índios, estrangeiros sem qualificação, desempregados, pessoas carentes, gays e prostitutas (que são grupos de risco de doenças venéreas) são, entre muitos, e segundo os meus interlocutores, potencialmente danosos para a sociedade. Precisam ser simplesmente extirpados. A qualquer preço.

No Brasil isso vai além. Programas sociais e decisões estratégicas que visem o desenvolvimento regional também são vistos como desperdício. Como uso indevido do Estado. As pessoas ou regiões que se beneficiem dessas medidas são um grande “peso”. Precisam ser condenados.

Sim, há nazismo no Brasil. E essa campanha eleitoral de 2010 expôs isso de maneira dura e cruel. A derrota do PSDB e das elites do Sul e do Sudeste do país não foi facilmente digerida por esse grupo. Estão se expondo, apresentando seus argumentos, começando a ocupar espaços na mídia. Por ora, a Internet.

Exemplos do discurso nazista podem ser vistos neste vídeo abaixo.



Verdade que ainda se trata de uma minoria de idiotas que estão usando a Rede para aparecer. Mas alguns meses atrás eles sequer apareciam. Todo esse preconceito e todo esse ódio começaram a aflorar muito recentemente.

É uma amostra, apenas uma amostra, do Nazismo do Brasil.

Um comentário:

  1. É tudo culpa da PTralha! Os caras querem matar o Brasil, para deixar os votos dos nordestino e da bahia.

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