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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

1989

É preciso reviver 1989.

Não há um candidato como o Lula de 1989. Mas há um embate entre as mesmas forças. Naquele ano o lado sombrio da linha dura ultra-conservadora da política brasileira, mais a grande Imprensa, mais o clero conservador de todas as igrejas aliaram-se ao candidato Collor.

Todos contra as forças populares, de transformação. Que eram personificadas na candidatura de Lula, apoiado pelos sindicatos, pelos estudantes, pelos setores progressistas das igrejas, e pela imprensa livre.

Deu no que deu. Mas a marca do grito pela mudança ficou indelével. Lula não venceu, mas as forças conservadoras perceberam que havia um oponente poderoso, e a partir de então as coisas tiveram que ser reacomodadas.

Há muito em jogo: os projetos de inclusão social, o Pré-Sal, as Universidades Públicas, o desenvolvimento com inclusão social do Brasil.

Contra isso tudo há a Força da Grande Imprensa, do Capital, dos grupos conservadores. Aliado ao Brasil que avançou resta apenas a militância.

A despeito das diferenças históricas entre as candidaturas Lula/1989 e Dilma/2010, é preciso que as forças progressistas se posicionem rápido ao lado da única candidatura viável para os interesses populares. E irredutivelmente contra a candidatura dos modelos de exclusão, privatização, atraso e subdesenvolvimento.

Que esqueçam as diferenças menores, irmanados todos pelo projeto maior: manter alijados do poder os velhos donos do Brasil.

Manter o Brasil sendo de todos os brasleiros.

É a hora dos estudantes irem para as ruas. Dos sindicatos se posicionarem. Aliem-se os blogueiros, os padres e pastores progressistas, os profissionais liberais, os professores.

Estejam nas trincheiras de hoje como estiveram nas de ontem. Pelo Brasil para todos, contra o Brasil do atraso.

Engajemo-nos, como em 1989. Porque há muito em jogo.

O Brasil está em risco.

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