Um discurso muito interessante. Barack Obama é o presidente dos Estados Unidos. Logo, temos que entender que ele defende os interesses de seu país. Interesses que, evidentemente, tantas vezes afrontam os de outros países. Às vezes do mundo inteiro.
Mas é um país com longa tradição republicana. Onde jamais houve um presidente que não tenha sido eleito. Onde as instituições democráticas são muito mais maduras do que as nossas, por exemplo. Se não são exemplo para o mundo em sua política internacional, em termos de organização do Estado há, seguramente, algo a aprendermos com os Ianques. Como nesse discurso de Barack Obama.
Não sendo uma nação de Cristãos, mas uma nação plural, como esperar que o Estado atue apenas a favor dos Cristãos? Ou, mesmo assumindo essa hipótese absurda, a serviço de quais grupos de cristãos estará? Os protestantes? Os católicos? Os evangélicos? Os anglicanos?
O Estado precisa ser laico. Ou isso ou não é um estado republicano, que respeita cada um dos seus cidadãos em sua individualidade e em seus direitos.
Não podemos aceitar a religiotização da política, com a conseqüente religiotização do Estado. Sob pena de caminharmos para uma nação fundamentalista, onde todos estarão sujeitos à ditadura de um pensamento teocrático.
Uma nova Idade Média.
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