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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

20 Anos Atrás

Era 1991. Dia 20 se completaram 20 anos. A Mclarem iniciou a temporada dando a sensação de que a superioridade dos anos 1988, 1989 e 1990 seria mantida. Para completar, a Ferrari não preparara um carro decente para Alain Prost. O francês, em suas palavras, estava guiando um caminhão. Mal terminou a temporada.

O caminho estava aberto para Ayrton Senna. E o brasileiro começou arrasador, levando seu Mclarem à vitória nos quatro primeiros Gps: Estados Unidos, Brasil, San Marino e Mônaco. A fatura parecia liquidada.

Mas não estava.

Após um erro bobo no Canadá, Ayrton viu a corrida ser dominada por Nigel Mansel, que conduzia seu Williams num desempenho surpreendente, e só não venceu porque um problema, provavelmente eletrônico, o fez parar na última volta.

Para felicidade de Nelson Piquet, que venceria ali sua última corrida de Fórmula 1 a bordo de um Benetton. A vitória de Piquet foi histórica, pois somadas às 4 anteriores de Senna e às duas vitórias dele próprio, Piquet, no final da temporada de 1990, davam ao Brasil a impressionante seqüência de 7 vitórias consecutivas na Fórmula 1. Quase meia temporada.

Mansell e sua Williams, que começaram o campeonato de forma claudicante, abandonando as três primeiras corridas, começaram a mostrar um desempenho cada vez melhor. A Williams vence quatro corridas em sequencia, um delas com Ricardo Patrese. A aproximação do piloto inglês na tabela do campeonato era cada vez mais ameaçadora, mas a Mclarem e a Honda conseguem uma reação nas corridas seguintes, voltando a ter desempenho comparável ao da Williams. Senna vence os grandes prêmios da Hungria e da Bélgica, a corrida em que Bertrand Gachot não pôde comparecer simplesmente porque estava preso, e por este motivo em seu lugar estreava um desconhecido piloto chamado Michael Schumacher.

Naquela temporada a Mclarem foi superior à Williams em oito corridas, e a Williams superou a Mclarem em outras oito. Neste cenário de equilíbrio, a experiência e o talento de Aytron Senna fizeram diferença.

Senna e Mansell travaram um duro duelo em 1991. Foto: GP da Espanha
Na penúltima corrida da temporada, em Suzuka, Mansell já estava, em termos matemáticos, praticamente sem chances. Apenas a vitória o manteria na disputa, mas os números da probabilidade não lhe sorriam àquelas alturas.

E tudo acabou ali mesmo. Os dois carros da Mclarem sobravam na corrida, com Berger liderando, fazendo o papel de coêlho, enquanto Senna segurava Nigel Mansell. Ainda no início da corrida, ao tentar entrar muito próximo do Mclarem na curva 1, o inglês viu seu Williams perder a direção e acabou na brita. Senna era o campeão. Daí em diante exibiu suas qualidades, assumindo a liderança da prova até a última volta.

No final, numa decisão eticamente contestável, a equipe determina a inversão de posições, e Gerard Berger venceu a prova.



Fazem 20 anos que Ayrton Senna venceu seu último campeonato. E desde então nenhum brasileiro levantou a taça de campeão mundial de Fórmula 1.

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