Eu gosto muito do Greenpeace. Sou, inclusive, um modesto contribuinte desta organização internacional que defende radicalmente a defesa do Meio Ambiente.
Nem sempre concordo com os pleitos e os objetivos do Greenpeace, mas entendo que é muito salutar para todo mundo que existam vozes radicais em defesa do Meio ambiente.
O Greeenpeace que impediu a realização de um teste nuclear do governo francês usando o simples expediente de colocar seu navio sobre as águas onde o teste seria executado (eu, pessoalmente, achei uma medida pouco prudente... mas acho ótimo que existam pessoas assim). E funcionou.
O Greenpeace que atravessa suas frágeis embarcações à frente de navios baleeiros japoneses, denunciando a pesca predatória.
O Greenpeace que tingiu de verde os visons que vivem numa área de caça predatória, usando uma tinta inofensiva, mas tornando sua pele inútil para os fabricantes de casacos.
O Greeenpeace que martelou pregos enormes, atravessando o tronco de árvores em uma área de reserva florestal nos Estados Unidos, tornando a madeira imprestável para uso industrial, mas sem comprometer as funções vitais das plantas.
O Greenpeace cujos ativistas tantas vezes escalaram, acorrentaram-se, abraçaram, gritaram em defesa radical pelo meio ambiente.
Não me surpreenderia se o Greenpeace se posicionasse contra o Complexo Intermodal: esse é o papel deles. Mas, segundo o blog Sarrafo (leia aqui), eles permanecem à distância, como observadores atentos.
Tenho certeza de que quando houver qualquer suspeita, ou o menor descuido com relação aos cuidados que o projeto terá com o meio ambiente, eles estarão lá para denunciar, para protestar, para brigar.
Mas ainda não é o caso, aparentemente.
Mesmo que eventualmente gritando por causas sem fundamento, é bom que exista a voz dissonante, o contraditório. O Greenpeace não dita as regras da sociedade, e sabem muito bem disso. Mas a servem como vigilantes atentos, sempre dispostos a dar o alarme.
Nem todas as vezes o cão que ladra no quintal o faz porque há perigo para a casa.
Mas com certeza é melhor tê-lo latindo do que mudo.
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