Felipe Massa vive seu ocaso na Ferrari |
É que, infelizmente, Felipe Massa não é mais competitivo, rápido e competente como já foi no passado. Não é nem a sombra do piloto que acabou não vencendo o campeonato mundial em 2008 por duas curvas apenas.
Seu desempenho não está mais sequer na linha do aceitável, quando se pensa em equipes de ponta. Basta tomar por exemplo a última corrida, a da Malásia. Ali, Felipe Massa foi, virtualmente, o último colocado. A Ferrari de número 6 terminou à frente apenas dos carros da Carteham, da Marussia e da HRT, as chamadas "nanicas", que muita gente duvida serem carros realmente de Fórmula 1.
Enquanto isso o seu companheiro de equipe fazia uma exibição histórica e levava o sofrível carro vermelho à Vitória.
Com requintes de crueldade.
A equipe Ferrari levou um novo chassis para ele na Malásia, teoricamente por conta do pífio desempenho da Austrália. O que poderia ser sua esperança, na verdade tornou-se seu calvário: ficou evidente que independente de chassis Felipe está tendo um desempenho simplesmente inaceitável. Talvez a troca do equipamento tenha sido apenas uma estratégia para tornar públicas as limitações do brasileiro.
Que agora são inadvogáveis.
As teorias são muitas: o acidente na Hungria em 2009, a ordem de equipe "Fernando is faster than you" na Alemanha em 2010, ou simplesmente saco cheio mesmo. Indiferentes a estes pormenores, a torcida ferrarista, a imprensa especializada - até mesmo a brasileira - já entendeu que Felipe não cabe mais na Ferrari. Simples assim.
E aí surge a pergunta óbvia: o que será de seu futuro?
Parece difícil que Massa consiga um cockpit decente dentro das possibilidades atuais. As equipes de ponta não confiam - ou não deveriam confiar - num piloto que apresenta resultados tão pobres assim.
Uma saída honrosa seria a Sauber, numa troca com Sérgio Perez, operação para a qual a Ferrari possui uma carta poderosa: os motores que fornece à equipe suiça. Como motores de Fórmula 1 custam dinheiro, e muito, eles com certeza podem ser o início de uma negociação trocar o brasileiro e o mexicano de lugares.
Talvez isso aconteça, e possivelmente ainda nesta temporada. Há rumores de que antes mesmo do GP da China.
Bem medida e bem pesada, a ida de Felipe para a Sauber não seria ruim, pelo menos para o brasileiro. Massa iria para um time com o qual guarda boas relações, inclusive com o dono da equipe, e passaria a sofrer menos pressão. Num ambiente assim, o piloto poderia tentar entender o que há de errado consigo para que possa, talvez, refazer a sua carreira no futuro. Isto se ele conseguir superar um obstáculo adicional, mas nada desprezível, que existe ali dentro.
Kamui Kobayashi.
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