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sábado, 19 de setembro de 2009

Privatização de Energia: o engodo ou o engano?

Em Carta Capital nesta semana há uma discussão a respeito do processo de privatização que foi conduzido no Brasil, principalmente durante o governo FHC. Mas não exclusivamente. Até mesmo o Presidente Lula está privatizando: rodovias (chama de PPP – Parcerias Público-Privadas, mas tem o mesmo efeito prático das concessões tucanas) e o "grande" projeto de privatização da Infraero.

Para um presidente que ganhou o debate nas eleições de 2006 denunciando as privatizações, lamentáveis decisões.

A privatização das companhias energéticas foi vendida aos brasileiros como o processo que elevaria a qualidade do serviço aos melhores níveis do mundo. E os preços seriam competitivos, regulados por rigorosas agências democraticamente constituídas.

Hoje temos a ANEEL, e, na Bahia, a AGERBA, com a concessão do serviço outorgada ao grupo Iberdrola.

Em Carta Capital o principal foco é nos resultados da privatização do setor energético. De fato, e principalmente para quem mora em Ilhéus – e vive à mercê do serviço prestado pela COELBA – a privatização da companhia elétrica baiana não surtiu senão uma grande decepção.

Mas Carta Capital vai além, e discute que, hoje, o Brasil é o país com o maior custo per capita de energia em todo o Planeta.

Somos líderes no ranking mundial, à frente de países com renda per capita muito superior à brasileira, como Japão e Alemanha. De 1995 a meados de 2008, data de publicação do estudo, a tarifa média teria subido nada menos que 398%. No mesmo período, os salários, corrigidos pelo IPCA, subiram bem menos, apenas 164%”, garante o jornalista Luiz Antonio Cintra, baseando-se no trabalho de uma CPI que, não por acaso, quase não aparece nos holofotes da mídia.

Imaginar que o serviço com a qualidade que a COELBA presta ainda está entre os mais caros do mundo, isso sim, é algo difícil de engolir.

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