Jamais poderia ir contra a Liberdade de Imprensa. Porque é apenas num país de imprensa livre, e livre até para publicar e partidarizar-se, que se pode pensar em uma plena Democracia.
Mas tampouco se pode expropriar o direito dos que forem lesados por ela, a tal "Imprensa Livre".
De fato, o Poder é revestido de Responsabilidade. Da mesma forma que a Imprensa precisa ser Livre para emitir quaisquer opiniões, também ela deve ser responsável pelas opiniões emitidas. Responsabilizadas civil e criminalmente, caso falte com a verdade, ou incorra em crimes de calúnia, perjúrio ou difamação.
O que é diferente de se partidarizar. Em Ilhéus temos sentido, uns gostando outros não, o partidarismo da imprensa nacional, caso flagrante o da Rede Globo, que insistentemente veicula matérias tentando comover a opinião pública nacional de forma contrária ao Complexo Intermodal. São matérias em que se restringe, ou mesmo se suprime, o Contraditório. Não suficiente, usam a linguagem não verbal da mídia televisiva de maneira totalmente distorcida, mostrando um paraíso de matas virgens ao invés da realidade de populações empobrecidas e abandonadas, onde o Poder Público está inteiramente sem capacidade de investimento, nesta região ex-cacaueira pré-falimentar.
Não é segredo também que, na mídia regional, o inverso acontece: à óbvia exceção da emissora Globo na região, e de alguns veículos pontuais, a Imprensa regional é inteiramente favorável ao Complexo Intermodal.
Ocorre que não é crime nenhum. Nem da Rede Globo, nem da Imprensa local. É legítimo ter uma preferência, e defendê-la. Os pecados jornalísticos merecem ser denunciados e cobrados. A Globo e o jornalismo regional podem e devem ser questionados e cobrados a esse respeito. Que se critique o Jornalismo incorreto, anti-ético, passional. É algo asqueroso, condenável. Mas não é crime.
Diferente do que, muitas vezes temos visto, acontece em matérias da mídia nacional. Quando um veículo de Imprensa, no caso o Jornal O Globo, utiliza de fotos equivocadas e fora de contexto para gerar uma notícia inteiramente falsa a respeito de uma empresa, então trata-se pura e simplesmente de CALÚNIA. Caso que deve ser resolvido nos tribunais. Leia aqui e aqui.
A esse respeito a grande mídia, a mesma que tenta criar um ambiente nacional contrário ao Complexo Intermodal, tem uma série de pecados registrados. Em alguns casos, como na manobra para gerar um segundo turno nas eleções presidenciais em 2006 ou em matérias distorcidas e tendenciosas a respeito do BNDES, trata-se apenas de Jornalismo Marrom - aquele que distorce a notícia e mostra apenas um lado, ou uma parte, da notícia. Leia aqui.
Em outros casos, como no episódio da "Ficha de Terrorista de Dilma Roussef", que depois não foi comprovada, a imprensa age de maneira criminosa. A ficha era simplesmente falsa, e a única resposta da Folha foi: "não podemos provar que a ficha é verdadeira, mas também não podemos garantir que a ficha é falsa".
Eu não posso provar que a Grande Imprensa é movida apenas por interesses inconfessáveis. Mas definitivamente não posso garantir o contrário.
É a diferença entre responsabilidade e leviandade.
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