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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Porque não votar - Parte 3

Paulo Souto. Esse é fácil.

Eu ainda não entendi como é que, apesar de afrontar claramente a Lei, há um viaduto em Itabuna, e um pavilhão de aulas e laboratórios na UESC com o nome do ex-governador.

Paulo Souto fez parte de um grupo que governou o estado por mais de 40 anos, interrompidos rapidamente por um governo que, segundo denunciam seus opositores, eles mesmos trataram de sabotar de todas as formas possíveis, afetando de maneira inescrupulosa a vida de milhões de pessoas.

Quando governador do Estado, e o foi por duas vezes, Souto não conseguiu manter a mínima estrutura funcional. Pessoalmente lembro-me que na UESC, por exemplo, tivemos falta de água, suspensão de serviços telefônicos e de internet e uma série de outros sintomas do desmonte a que as universidades estaduais foram submetidas. Nem papel higiênico e produtos de limpeza haviam mais.

Nos demais órgãos estaduais a situação não era melhor.

Recordemo-nos que o mais duro golpe contra o Pólo de Informática de Ilhéus foi dado pelo candidato do DEM, então governador, quando a Toshiba se propôs a instalar uma fábrica no estado. Paulo Souto decidiu que, apesar de ser aquela uma oportunidade ímpar para o Pólo de Informática de Ilhéus, o melhor seria levar a estrutura para Salvador.

O Sul da Bahia ficou a ver navios, mais uma vez.

Aliás, Paulo Souto trouxe muito pouco desenvolvimento econômico e/ou social para qualquer cidade do interior do estado, concentrando suas atenções unicamente na Capital. Foi com seu grupo que o Estado da Bahia foi distorcido, de forma que Vitória da Conquista não fica mais no centro-sul e sim no sudoeste do estado.

Curiosamente esta é a posição da cidade serrana em relação a Salvador, embora não em relação ao mapa da Bahia. Muito sintomático.

O grupo político do qual Souto fez parte durante sua trajetória política está ligado a muitos episódios lamentáveis da história política da Bahia, com a imprensa sendo cerceada e manipulada, os dados financeiros do governo sendo ilegalmente omitidos, o pior arrocho salarial da história dos servidores estaduais, as privatizações e o sucateamento do estado.

Por essas e outras acabou perdendo a eleição para Jacques Wagner em 2006.

Caso eleito novamente, o novo Paulo promete fazer de tudo as mil maravilhas, de forma bem diferente do velho Paulo. Parece ter sido uma mudança da água para o vinho, e em apenas 4 anos.

Difícil de acreditar.

Um comentário:

  1. Degas, meu filho.
    O Pac-Man é uma confissão de velhice.
    Sua e minha, que todo dia jogo um pouco.
    Abraço.

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