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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O fim da "Imparcialidade"

O jornal O Estado de São Paulo de hoje veio com um editorial em que assume publicamentre que apóia o candidato José Serra para presidente da república. Leia aqui.

Muitos já haviam cantado a bola: a imprensa precisa assumir que tem candidato. Até o Presidente Lula já havia dito isso publicamente. O Estadão assumiu: eles apóiam José Serra.

Como já havia feito Carta Capital também. A revista apóia Dilma Roussef.

Não que isso seja grande novidade. Até no reino mineral, como diz Mino Carta, já se sabia que os jornais possuem suas preferências eleitorais, que tomam partido, que trabalham sua linha editorial contra ou a favor de certos candidatos. O Estadão e Carta Capital apenas assumiram o que já se sabia de longa data.

Todavia, esses dois eventos determinam um Marco na história da imprensa brasileira. Agora é oficial: a imprensa tem partido. Pelo menos O Estadão e Carta Capital têm.

Ocorre que é fácil ver que as demais mídias que se alinham na mesma linha de um (Estadão) ou outro (Carta Capital) também tem candidato. Mesmo que não assumam. Veja, Folha, O Globo. Todos orientam suas matérias e sua linha editorial da mesma forma que O Estadão. Logo, se O Estadão tem preferência política, então os demais também tem.

Simples assim.

Cai por terra o discurso da imparcialidade. Derrama-se um pouco da hipocrisia vigente na grande imprensa. Porque o que antes era percebido por muitos, denunciado por alguns e aceito por poucos agora é fato inexorável. Não há jornalismo imparcial. Carta Capital apóia Dilma. O Estadão apóia Serra. Carta Capital se alinha com o PT enquanto O Estadão se alinha com o PSDB. Outros podem até apoiar diferentes candidaturas, mas não se pode mais deixar de ver que efetivamente não existe neutralismo. Todo mundo está de algum lado.

O Estadão mais uma vez faz história. Merece ser parabenizado pela coragem assumir seu engajamento político, ainda que não seja uma grande novidade. Coragem mesmo, ao assumir que é contra um governo que tem 80% de popularidade. Se todos o seguirem, se essa coragem se espalhar pelos demais jornais, revistas e emissoras, então prestar-se-á um grande serviço à Democracia no Brasil.

O fim da “Imparcialidade”.

3 comentários:

  1. Estadão: melhor jornal do Brasil.
    Lula: pior presidente do Brasil.
    Sei que meu comentário não será liberado, já que o blogueiro é um petista enrustido. mas tudo bem A verdade prevalecerá, com a força de deus e da Família.

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  2. Não sou letrado, nao tive a oportunidade e determinação de muuitos para ir a uma universidade, mas fico meio que perdido se afinal estamos ou não em uma DEMOCRACIA. jORNAL,PESSOA, TELEVISÃO , BLOGS, RÁDIOS, ACHAVA QUE TODOS PODERIA SER LIVRES PRA DIZER O QUE BEM ENTENDEM....! BLA,BLA,BLA,BLÁ!

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  3. Não sou Petista enrustido. Acho que vou declarar publicamente meu voto em Plínio de Arruda. E não excluo comentários, desde que eles não contenham expressões ofensivas ou agressões pessoais.

    Sim, é verdade que todos têm liberdade de expressão. Mas emitir opiniões evidentemente partidárias contra ou a favor de candidatos e propostas e depois posar de imparcial é o cúmulo. Isso não cabe mais. O Estadão já percebeu.

    Valeu!

    Degas.

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