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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

As ameças à hegemonia do Google

Extraído do Blog do Nassif (leia aqui).


Do Caderno Link, do Estadão
As ameças à hegemonia do Google, o cão de um truque só

por Pedro Doria

Conversa inteligente, ainda mais sobre tecnologia, não se vê todo dia. Pois nesta semana que passou o New York Times hospedou uma em seu site. O moderador foi John Markoff, veterano repórter que cobre o Vale do Silício já faz quatro décadas. A ele se juntaram Fred Wilson, investidor em uma penca de empresas no Vale, e Ken Auletta, outro repórter de longa experiência, que escreve na revista New Yorker e que publicou faz pouco mais de um mês o livro Googled. Os três trataram, ora, do próprio Google.

Tanto Wilson quanto Auletta enxergam um mesmo sinal de alerta para o site de buscas favorito de todos. “Se você procura uma câmera”, pergunta o repórter, “vai preferir 20 mil links de resposta no Google ou as sugestões cuidadosas de 20 amigos em quem confia?” Segue o capitalista de risco: “Meu blog recebe mais tráfego vindo do Twitter do que do Google; Perez Hilton recebe mais visitas via Facebook do que por buscas.”

Perez Hilton é o rei da fofoca, um dos blogueiros mais populares dos Estados Unidos. E não é à toa que o Google tentou comprar o Twitter há pouco mais de um ano.

Sem esconder o mau humor, o presidente da Microsoft, Steve Ballmer, gosta de dizer que o Google é “cachorro que só conhece um truque”. Faz buscas como ninguém e, com seu sistema de propaganda direcionada, aprendeu a faturar fortunas um clique por vez.

Mas as ondas da internet pós-busca, o Google perdeu-as todas. GoogleVideo não deu certo, tiveram de comprar o YouTube. Compraram o Blogger porque não perceberam os blogs surgindo. Quando as redes sociais pareciam o futuro da web, lançaram o Orkut. Este pode até parecer muito grande quando visto cá da Marginal Tietê. Mas o sucesso no Brasil e na Índia só acentua o evidente: perdeu a corrida mundial em duas rodadas. Na primeira, para o MySpace; na segunda, para o campeão definitivo, Facebook.

Quando os olhos atentos do governo americano, sempre preocupado com monopólios, começaram a mexer com a IBM, ela já estava sendo passada para trás por companhias jovens do Vale. O mesmo ocorreu com a Microsoft, uma gigante que apenas 10 anos atrás parecia imbatível e hoje é uma distante segunda.

Sim, como não dizê-lo: o Google parece imbatível, hoje. Um portento que ameaça todas as empresas de mídia: gravadoras, estúdios de cinema, jornais, TVs. Parece destinado a comandar o mundo.

É só que o céu, no Vale do Silício, muda de configuração toda hora. Ao que parece, a maneira como as pessoas se informam na internet está mudando. Fazem menos buscas, ouvem mais indicações pelas redes sociais. A mudança é lenta no princípio, mas se concretiza num repente.

Para quem trabalha com conteúdo, a notícia é boa. As redes sociais são várias, este é um jogo no qual não há um único dominando. Variedade é bom.

2 comentários:

  1. Olá, meu nobre! Sou Wesley Novais de Uruçuca-ba, blogueiro do É Política. Parabéns pelo blog tão influente na região. Sou fã do seu blog e já estou divulgando-o no meu link de favoritos. Gostaria que vc me desse a honra de ter meu blog em seu link.
    www.epoliticasulba.blogspot.com

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  2. Oi cara , manda notícias!!! jramalhovieira@hotmail.com

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