O Turismo de Ilhéus, hoje, dadas as precárias condições do aeroporto e a péssima infra-estrutura rodoviária da cidade, além da falta de divulgação aos clientes certos, praticamente resume-se ao aporte dos Cruzeiros.
Que esse ano já virão em número menor do que o ano anterior.
Seguindo o ditado "farinha pouca, meu pirão primeiro", decidiu-se - em alguma instância que não ficou clara para mim - excluir as Vans e os Taxistas do processo.
Não sei se há base técnica para sustentar isso. Mas cá de onde estou olhando saltam-me algumas impressões.
a) Limitou-se a livre concorrência, em que vários tipos de condução e vários roteiros diferentes eram oferecidos, obrigando os Turistas a se sujeitarem ao único serviço que lhes é oferecido no desembarque.
b) Passeios e viagens alternativas aos roteiros "tradicionais" não serão ofertados aos interessados, o que diminuirá o interesse destes pela cidade.
c) Muitos trabalhadores ficarão privados de conquistar honestamente recursos para si e para sua família.
d) As empresas operadoras dos cruzeiros começarão (já começaram aliás) a cancelar as paradas em Ilhéus, por conta da falta de interesse dos passageiros em função da oferta limitada de opções.
A pergunta que se deve fazer é: há espaço, numa cidade cuja vista é de decadência em todas as direções, para se abrir mão do único filão de atividade turística realmente lucrativo que lhe resta? O que ganha a cidade com a perda dos cruzeiros? Quem ganha com a proibição de acesso das Vans e dos Taxistas? Que justificativa há para isso?
Essa Cruzada dos Cruzeiros, que atende certos grupos de interesses econômicos, precisa parar imediatamente, sob pena de sufocar irreversivelmente o turismo desta cidade.
O Blog Sarrafo foi muito feliz, e eu termino esta postagem com uma frase de uma postagem de lá (leia aqui): Ilhéus está padecendo da ganância que matou a galinha dos ovos de ouro.
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