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sábado, 15 de janeiro de 2011

Carlos Reutemann

Ele jamais foi campeão. Mas ficou para a história de maneira indelével. Para nós, brasileiros, a memória mais recente é do duelo pelo campeonato mundial em 1981, quando acabou derrotado por Nelson Piquet. Uma diferença de um ponto apenas.

Mas Carlos Reutemann fez muito mais. Apenas não conseguia estar no lugar certo na hora certa.

Lole, como era conhecido, estreou fazendo Pole Position em 1972. Não coneguiu um grande desempenho, mas dois anos depois já vencia corridas e disputava o campeonato mundial a bordo de um Brabham.

Em 1976 o pavoroso acidente com Niki Lauda abriu uma vaga na Ferrari, por algumas corridas. Reutemann acabou sendo o escolhido do Comendador. E, em 1977, com a ida de Lauda para a Brabham, juntava-se oficialmente a Clay Regazzoni formando a dupla do time de Maranelo. Esteve na Ferrari até 1978, desta feita dividindo a equipe com Gilles Villeneuve. Naquele ano, viu o desfile dos carros negros da Lotus, que fizeram campeão e vice.

Reutemann gozava de muita consideração por parte dos dirigentes. Tanto que, em 1979, aceita um convite de Colin Chapman e deixa a Ferrari para compor a equipe Lotus. Os carros que até então dominavam a Fórmula 1. Uma chance de ouro. Imperdível.

Ou não.

O destino mostra, em 1979, uma impressionante inversão: a improvável queda da Lotus, para onde Lole se mudara, e a impressionante ascenção da Ferrari, de onde Lole saíra. Definitivamente Reutemann só conseguia estar no lugar certo quando a hora era errada.

Segue para a Williams em 1980. Segundo piloto, comboiando Alan Jones que caminhava claudicante em direção ao título. Termina em terceiro, também atrás de Nélson Piquet, que guiava um Brabham, outra equipe onde Lole esteve. No ano seguinte, com mais competência que o australiano, Carlos se rebela e parte para o confronto contra o brasileiro. Na última corrida do ano, em Las Vegas, com um ponto de vantagem, consegue a Pole Position. Mas a corrida foi temerária. Reutemann tem muitos problemas e não marca pontos. Piquet, também sofrendo com seu Brabham, consegue um mero quinto lugar. O suficiente. Carlos vê o campeonato escapar por um mísero ponto.

Foi demais para o velho portenho. Hora de parar. Lole deixa a Williams, e a Fórmula 1.

O destino, porém, ainda tinha mais uma peça guardada para ele: em 1982 o campeão mundial acaba sendo Keke Rosberg. Que guiava uma Williams. Contratado junto à Fittipaldi, o finlandês ocupou a vaga de piloto principal da equipe inglesa. A mesma que deveria ser de Carlos Reutemann.

Abaixo uma pequena amostra. Lole, com a Williams em 1980, onde era o segundo piloto. Uma disputa e tanto contra Mário Andretti. Bons tempos.

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