Não é novidade que a Internet, como meio de comunicação de massa, possui uma qualidade ímpar: não pertence a ninguém.
Com isso não há uma única pauta, uma única opinião. Há pluralidade de pontos de vista, de ideologias, de opiniões.
Aparentemente isso já está sendo assimilado pela mídia tradicional, e parece ser um caminho sem volta.
O texto abaixo eu copiei do Blog do Nassif (leia aqui). Trechos de uma entrevista com um pesquiador da universidade de Harvard a respeito dos rumos da mídia na época da Internet.
Muito esclarecedor.
Quiçá estejamos mesmo prestes a viver uma época de democratização dos meios de comunicação em massa, como a Internet promete trazer.
"
28/10/2009 - 09:23
A Internet e o fim da arrogância do jornalista
Por EDSON MEDEIROS
O 3o. MediaOn debateu o assunto, olha o que disse o especialista de Havard:
Do Terra
MediaOn: 'jornalistas terão de perder arrogância', diz Benton
Com o avanço da internet, a sobrevivência dos jornais impressos está em risco e os jornalistas terão de mudar a sua postura profissional. A opinião é de Joshua Benton, jornalista investigativo e diretor do Nieman Journalism Lab, da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. Ele participou nesta terça-feira à noite do 3° MediaOn, maior fórum de jornalismo da América Latina, em São Paulo. O debate 'Como o jornalismo de qualidade pode sobreviver e prosperar na era da internet' foi moderado pelo jornalista Ricardo Lessa, da Globonews.
'Os jornalistas terão de perder a sua arrogância e agir com seres humanos. A transição vai ser muito difícil para a maioria. Ainda temos muito a escrever, principalmente para investigar casos de corrupção. A internet treinou as pessoas para que elas recebessem as informações de uma forma social. Os repórteres tem de parar de encarar o seu público como um estorvo.(…)
De acordo com ele, o jornalismo como é hoje não será mais possível nos negócios. 'O fato de o mercado não comportar mais isso, não quer dizer que o jornalismo investigativo vai deixar de existir. Dou um exemplo. Três pessoas fazem a cobertura de um bairro em Seattle, como ninguém fez antes. Todo mundo lê. Se tem um buraco na rua, eles lá estão. Tem 50 empresas locais anunciando no site deles. Estão ganhando dinheiro. São só três pessoas e é lucrativo para eles'.
Benton diz que hoje, o número de jornalistas em impressos dos Estados Unidos está nos mesmos níveis de 1971, 38 anos atrás.(…)
De acordo com ele, as redes sociais, como o Twitter e o Facebook, devem crescer cada vez mais. 'Com elas, uma pessoa apenas pode propagar as suas ideias para outras. (…)
Credibilidade na Internet
'Credibilidade e e confiabilidade é uma questão de tempo. Não vamos chegar ao ponto que tínhamos antes, quando se dizia que se está no jornal, está certo. Isso é o que se espera das marcas, como um New York Times e uma Folha de S. Paulo (?????), que adquiriram essa confiança no decorrer do tempo'.
(…)
OBS: As interrogações acima, próximas do nome da Folha são do Luis Nassif.
O MediaOn é um evento bem interessante!
ResponderExcluirA transmissão acontece ao vivo pela internet!
www.mediaon.com.br