O staff do piloto Nelsinho Piquet ainda não desistiu de colocá-lo em algum cockpit para o mundial de 2010. Leia aqui.
A mais recente proposta é associar a rivalidade de outrora - Senna X Piquet - à imagem da equipe Campos e, assim, conseguir melhorar as possibilidades de levantar patrocínio.
O ponto é totalmente válido: enquanto pilotaram, sempre em equipes diferentes, Piquet e Senna - os originais - protagonizaram uma rivalidade histórica, dentro e fora das pistas.
Nos bastidores houve declarações de Piquet a respeito da sexualidade de Ayrton, que por sua vez já tinha usado a imprensa para mostrar que sua popularidade - mesmo antes de conquistar o primeiro campeonato (enquanto Nélson já contava três) superava a do compatriota.
Nas pistas a rivalidade rendeu os melhores resultados que o automobilismo brasileiro já teve, com os dois alinhando várias vezes na primeira fila, e alcançando várias "dobradinhas", pondo com frequência a bandeira do Brasil em primeiro e segundo lugar no pódium. Inclusive na corrida local, o GP do Brasil de 1986.
Protagonizaram momentos como esse.
Assim, a imagem histórica associada aos dois sobrenomes, e a regeneração dessa rivalidade pode, sim, ser explorada com muita facilidade pela equipe Campos. Pode ser uma boa idéia.
O único problema é o motivo que levou Nélson Piquet a popor isso à equipe. Não, ele não está motivado pela disputa contra o compatriota. Não, ele não quer reviver para o mundo a rivalidade histórica. Não, ele não pensa no espetáculo, no esporte, na competição.
Nélson Ângelo Piquet tem a carreira manchada para sempre, por atitude desrespeitosa com o público e os adversários. Um dos maiores exemplos de anti-esportividade de toda a história da Fórmula 1.
Depois dessa mancha, resta-lhe pouco o que oferecer às equipes.
Na verdade, parece, apenas o sobrenome.
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