Há uma discussão a respeito de serem de origem política ou técnica as restrições que existem ao funcionamento do aeroporto de Ilhéus.
Há os que alegam que há impedimentos técnicos que colocam em risco a segurança dos vôos, particularmente os casos de pousos e decolagens em condições adversas como chuva ou neblina intensas.
De outro lado existem os que vêem pouca vontade ou força política dos governantes para fazer a operação do Aeroporto voltar a ser como antes do fatídico acidente do AirBus A320 da TAM em 2007.
Uma análise fria dos fatos dá razão aos dois lados.
Porque, apesar de ignoradas até a ocasião do acidente da TAM, sempre houve muitas ponderações a respeito das condições de segurança na operação do Aeroporto Jorge Amado. Essas ponderações vinham sendo contornadas, ignoradas, esquecidas. Todavia, com o acidente em Congonhas, e temendo um acidente similar em outros aeroportos, a ANAC pôs em prática toda uma série crescente de restrições, até o aeroporto chegar às precárias condições em que está.
Mas por outro lado, se houvesse força e/ou vontade política, o aeroporto poderia funcionar plenamente, com a instalação de instrumentos de aproximação como o ILS ou o VOR/DME (quem quiser saber mais a respeito leia aqui).
Houvesse disposição para a instalação de tais instrumentos (na verdade provavelmente basta a instalação do VOR/DME), então o aeroporto de Ilhéus poderia funcionar plenamente, como funcionam os aeroportos de Congonhas e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
Este último, inclusive, oferece pista ainda mais curta que o de Ilhéus. Mas possui os instrumentos.
Então a pergunta é: porque ninguém discute seriamente a instalação de instrumentos de aproximação e pouso para permitir a plena operação do Aeroporto Jorge Amado?
São indícios dos que defendem a tese de que falta força ou vontade política para resolver o problema.
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