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segunda-feira, 28 de março de 2011

A Covardia

Eu já presenciei e já tive notícia de atos de covardia.

Infelizmente.

Tipicamente o covarde é alguém que detêm poder. Porque, sem dispor de poder, o covarde sequer se expõe.

Mas, uma vez de posse de algum tipo de poder, ei-lo mostrando suas prerrogativas. Impondo sua pequenez, alçada proteticamente a tamanhos enganadores.

Pode estar no professor, no político, no juiz, no pai, na mãe, no padre, no pastor, no médico.

Em qualquer um que, apesar de meramente humano, ou às vezes nem isso, muleta-se de alguma vantagem circunstancial e a usa para subjugar os mais fracos, normalmente de maneira autoritária. É a covardia absoluta.

Ela aparece entre os policiais também. Basta ver como tantos deles se acovardam tantas vezes, usando o poder que lhes é confiado contra os que não podem se defender, e apenas contra eles. O covarde jamais desafia quem lhe pode vencer.

A foto abaixo, obtida por um repórter de O Globo, dispensa maiores comentários. Retrata um policial despejando gás de pimenta em uma criança. A outra, que está do lado, defende-se mantendo os olhos fechados. E a mãe as protege como pode.


Vê-se três pessoas corajosas. Uma covarde.

A covardia já se manifestou muitas vezes em suas mais variadas facetas. Mas, pessoalmente, poucas vezes a vi exposta de maneira tão despudorada.

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