De fato, garantir um investimento mais vultoso, constante e, o principal, garantido em Lei para a educação parece ser um caminho possível para diminuir a ganância com que administradores avançam sobre o quinhão da Educação toda vez que há algum aperto na arrecadação ou no faturamento.
O Brasil todo exige investimentos em Educação. Mas 10% do PIB é o caminho? |
Imagino que seja ponto pacífico a necessidade de haver proteção do investimento em Educação. Por este motivo a campanha acabou recebendo tanto apoio popular. O movimento avançou e pressionou os deputados, sempre sensíveis em ano eleitoral, de forma que a proposta foi aprovada na Câmara Federal.
Nada contra a ideia, mas é importante que saibamos o que estamos aprovando e aplaudindo. Em números de hoje, considerando que o PIB brasileiro em 2011 foi de 4,1 trilhões de reais (pode ser consultado aqui), o Brasil se força a investir 410 Bilhões de reais em educação. Como o orçamento do governo é de aproximadamente 970 Bilhões de reais (consulte aqui), a matemática elementar nos diz que deveremos investir um pouco mais de 42% do orçamento em educação.
Todo o resto: saúde, transporte, infra-estrutura, meio-ambiente, reforma agrária, etc. dividiriam os 58% restantes. E isso se a carga da arrecadação permanecer na faixa de 23% do PIB, como acontece hoje, o que, todos concordam, é muito alta.
É necessário amadurecer esta discussão, fazê-la deixar os palanques eleitorais e vir ao Debate. Porque uma coisa é certa: não existe almoço grátis.
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