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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Rei de Espanha

A vitória de Fernando Alonso, "Dom Fernando I" em Valência deixa duas coisas bem claras, além de fortalecer a hipótese de uma terceira.

A primeira informação a ser capitalizada dá conta de que esta temporada é muito equilibrada e, por este motivo, acabará sendo vencida pelo piloto que melhor consiga aliar arrojo, inteligência, sangue-frio e sorte.

A segunda informação é que este piloto tem nome: Fernando Alonso. O espanhol hoje sobra na turma, e está guiando com a majestade que pode levá-lo a ser um dos mais fantásticos de todos os tempos. Alonso hoje é um piloto que erra muito pouco, e consegue tirar da sua Ferrari um desempenho sempre muito acima do esperado.
Alonso brindou o mundo com uma atuação de Gala em Valencia
Não foi diferente na prova de Valência.
Depois de uma classificação absolutamente insípida, em que a equipe sequer conseguiu colocar algum carro na fase final, a Ferrari parecia fadada a tentar salvar alguns pontos, e somar um pouco mais na tábua de classificação.

Pelo menos é o que dizia, em entrevista, o piloto do carro número 3.

Mas, como dizia Juan Manuel Fangio, "carreras son carreras". A corrida se desenrolou de maneira um tanto surpreendente, e o público assistiu, nas arquibancadas e na TV, a um dos desempenhos mais impressionantes da história da Fórmula 1.

Dom Fernando I em exibição de gala. Subiu três posições já na largada, e rapidamente avançou para cima de Hulkenberg, que pouco pôde fazer para lhe opor resistência. Alonso faz, então, voltas muito rápidas antes de parar nos boxes, bem como logo depois da parada, e assim superou os carros de Kobayashi e Raikkonen. Voltou no tráfego, mas precisava andar rápido assim mesmo. Para isso ele teria que fazer muitas ultrapassagens, apesar de estar num circuito de rua.


Fez seu trabalho com perfeição, e chegou à quarta colocação, algo já magnífico para as condições em que a corrida havia começado.

Aí um pouco de sorte, merecida depois do desempenho mostrado até então: Hamilton faz uma parada desastrosa nos boxes e em seguida Vergne e Kovalainen misturam as cores, forçando a entrada do safety car.

No recomeço, agora em terceiro lugar, O Homem das Astúrias passa rapidamente Romain Grosjeain e, mais um lance de sorte, herda a liderança quando Vettel pára com problemas, provavelmente eletrônicos.

Aí ele conseguiu estar nas condições em que se torna imbatível: na liderança, controlando o assédio dos adversários, levou sua Ferrari à mais improvável vitória dos últimos anos na Fórmula 1.

Atuação digna de gala. Vislumbra-se o Campeão.

O que nos leva a considerar uma hipótese, que ainda precisa ser confirmada, mas que parece cada vez mais iminente.

Dom Fernando das Astúrias, primeiro e único, também é Rei de Espanha.

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