São sessenta anos do grande Piquet. Tido por quase todos como o mais completo piloto que a Fórmula 1 já viu. Para muitos, o melhor piloto brasileiro.
Vencedor de três campeonatos mundiais, em cada um deles empurrado por um motor diferente, Piquet deixou sua marca na história do automobilismo pela competência, sem dúvidas. Mas certamente também pelo comportamento, sempre muito correto nas pistas, mas totalmente heterodoxo fora delas.
Piquet desmistifica a imagem do esporte sério, dos pilotos compenetrados, das declarações cuidadosamente preparadas. Falava muito, e mal, de muita gente. Pilheriava, brigava, caçoava sem piedades, tendo como vítimas principais o seu adversário da Williams, o inglês Nigel Mansell, e Ayrton Senna. Este com sua masculinidade posta em dúvidas, aquele satirizado por gostar de mulher feia. Piquet não tinha papas na língua, e não respeitava ninguém quando abria a boca.
Mas na pista, sempre foi um piloto limpo. Jamais se comportou de maneira minimamente questionável. Venceu três campeonatos mundiais, nem sempre com o melhor carro, mas sempre competindo com lisura. Suas marcas eram a agressividade, a frieza e, principalmente a criatividade. Jamais anti-esportivo.
Aqui o vemos em sua essência: vencendo, perdendo, errando, batendo, brigando, brincando. Correndo.
Saudades de Nelsão.
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