Não poderia, porém, deixar de registrar a belíssima conquista do Brasil neste dia.
Não em 7 de Setembro de 1822. Em 7 de Setembro de 2011.
O Brasil, que já há mais de 10 anos não vai às olimpíadas com a sua seleção de basquete, está a um passo de reconquistar a vaga. Mais ainda: o resultado ficou muito próximo depois do impressionante 73 a 71 contra a Argentina no torneio pré-olímpico que está sendo disputado lá dentro, em pleno país portenho.
Rafael Hettsheimer ganhando mais uma disputa no Garrafão
Não é nada a respeito da rivalidade, posto que Brasil e Argentina rivalizam até em jogo de bolinha de gude e pebolim. É porque a Argentina é, simplesmente, a campeã olímpica de 2004 em Atenas e medalha de bronze de 2008, nos jogos de Pequim. O Brasil sequer compareceu aos dois certames.
O resultado de 73 a 71 contra a Argentina foi, portanto, um marco histórico na história de nosso basquete. Bicampeão mundial em 1959 e 1963, primeira seleção a vencer os Estados Unidos numa final dentro da casa deles, uma partida inesquecível em 1987, o Basquete no Brasil está, talvez, superando seu momento mais turbulento.
Que nos acostumemos a nomes como Marcelinho Machado, Tiago Splitter e o (para mim desconhecido) encantador o Rafael Hettsheimer. O rapaz de 25 anos foi nosso melhor jogador e, de quebra, fez parar com 5 faltas o genial Scola, camisa 4 Argentino, um dos melhores jogadores do mundo.
Quiçá estejam chegando os dias em que superaremos as ausências de gênios do passado como Oscar, Marcel, Israel, Hortência, Paula, Janete. Chegarão os dias em que certos moleques, que preferiram continuar jogando em seus clubes na NBA a vestir a camisa da seleção, se arrependerão.
O Basquete Brasileiro está se reerguendo. O Gigante se levantará, e será maior que todos esses.
Talvez seja piedoso. Talvez simplesmente os esmague.
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