Não pensei que fosse viver para ver isso. Se bem que nesses últimos anos eu vi tantas coisas "que eu não viveria até ver" acontecerem que nem devia mais estar surpreso. Então deixa eu dizer de outra forma: não pensei, de novo, que viveria para ver isso!
Mas essa é particularmente interessante, se vier a cabo: trabalhadores estão prestes a se tornar donos de uma indústria. A notícia por si só seria interessante, minha veia marxista pula alegre ao ouví-la. Mas é particularmente dramática quando se vê a origem dela: isso está prestes a ocorrer no centro mundial do capitalismo, e no outrora principal porta-voz do livre mercado: os Estados Unidos.
A notícia que está no New York Times de hoje pode ser lida em http://www.nytimes.com/2009/04/29/business/29auto.html: a Chrysler passará a ter 55% de suas ações comandadas pela UAW (United Automobile Workers), o sindicato dos trabalhadores automotivos.
A notícia dá conta de que “Chrysler reached a deal with the United Automobile Workers in which the union would own a 55 percent stake in the newly reorganized automaker” (livre tradução: A Chrysler acertou um acordo com o UAW em que eles receberão 55% líquidos do fabricante de automóveis recém-reorganizado) e que a General Motors também pode seguir por caminho semelhante: “The health care agreement at Chrysler is also expected to be applied in the restructuring of General Motors” (livre tradução: espera-se que o acordo de salvação usado no caso da Chrysler seja aplicado na reestruturação da General Motors).
Mas essa é particularmente interessante, se vier a cabo: trabalhadores estão prestes a se tornar donos de uma indústria. A notícia por si só seria interessante, minha veia marxista pula alegre ao ouví-la. Mas é particularmente dramática quando se vê a origem dela: isso está prestes a ocorrer no centro mundial do capitalismo, e no outrora principal porta-voz do livre mercado: os Estados Unidos.
A notícia que está no New York Times de hoje pode ser lida em http://www.nytimes.com/2009/04/29/business/29auto.html: a Chrysler passará a ter 55% de suas ações comandadas pela UAW (United Automobile Workers), o sindicato dos trabalhadores automotivos.
A notícia dá conta de que “Chrysler reached a deal with the United Automobile Workers in which the union would own a 55 percent stake in the newly reorganized automaker” (livre tradução: A Chrysler acertou um acordo com o UAW em que eles receberão 55% líquidos do fabricante de automóveis recém-reorganizado) e que a General Motors também pode seguir por caminho semelhante: “The health care agreement at Chrysler is also expected to be applied in the restructuring of General Motors” (livre tradução: espera-se que o acordo de salvação usado no caso da Chrysler seja aplicado na reestruturação da General Motors).
Ou seja, pode ser que em breve os dois maiores ícones da indústria automobilística norte-americana sejam também exemplo de meios de produção sob comando de trabalhadores. Não achei mesmo que viveria para ver isso.
Agora fico eu imaginando: se a principal potência capitalista do mundo está falando em passar fábricas para as mãos dos trabalhadores, não é o caso de estarmos mesmo frente à maior crise da história do Capitalismo? Não é o caso de imaginarmos que estejam próximos os últimos dias desse sistema, pelo menos da forma como o conhecemos?
Agora fico eu imaginando: se a principal potência capitalista do mundo está falando em passar fábricas para as mãos dos trabalhadores, não é o caso de estarmos mesmo frente à maior crise da história do Capitalismo? Não é o caso de imaginarmos que estejam próximos os últimos dias desse sistema, pelo menos da forma como o conhecemos?
Eu, que tenho vivido e visto muitas coisas, posso dizer: quem viver, verá.
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