Hoje a Ferrari se posicionou publicamente a respeito das medidas de contenção de gastos que a FIA pretende adotar na Fórmula 1 a partir de 2010.
Junto com a equipe italiana, times como Renault, BMW, Toyota e Red Bull também já ameaçam deixar a categoria caso o orçamento seja mesmo limitado. Os argumentos de parte a parte são muito fortes.
Por um lado a FIA alega que os orçamentos excessivamente elevados comprometem, numa relação dialética, a própria categoria: equipes gastando cada vez mais para serem competitivas deixam sem chances equipes com orçamentos menores que, assim, acabam abandonando o esporte, destruindo-o. Esse espetáculo se desenha desde o final dos anos 80, com a desistência de equipes como Tyrrel, Brabham, Lotus, Jordan e Ligier, prá citar somente as que chegaram a vencer corridas. Nessa temporada de 2010, com a dramática desistência da Honda, o grid de largada correu sério risco de ficar reduzidos a ridículos 18 carros.
Por outro lado, as equipes alegam que é da própria natureza da competição a busca pelos melhores resultados, e a dedicação de investimentos para isso. Além desse fator, há a dificuldade de se auditar o quanto cada equipe efetivamente gastou durante uma temporada, já que caixa 2 não é privilégio de empresas brasileiras.
De tudo e por tudo, porém, a pior parte é a proposta da FIA: as equipes que gastarem até o limite poderiam usar recursos avançados em seus carros. As demais ficam impossibilitadas. Haveriam, assim, duas categorias: os Fórmula 1 Ricos, mas pesadões e ultrapassados, e os Fórmula 1 Pobres mas esbeltos e atualizados.
Parece-me uma total falta de cérebro. Mas vindo da mesma fonte que quis decidir o campeão mundial pelo número de vitórias, nem devia espantar mais ninguém.
Torço para que se entendam. Para que encontrem a melhor forma de limitar os gastos - talvez restringir o uso de materiais, padronizar equipamentos (a centralina e os pneus já são padrões. Os freios poderiam ser. Que tal oferecer opções padrão para motores e cambio?) bem como organizar melhor as corridas e as acomodações dos membros das equipes para reduzir os custos das viagens - e assim permitam que a categoria máxima do automobilismo internacional continue existindo, e quiçá saia até mais fortalecida do processo.
Porque a Fórmula 1 é um Grande Circo. E quem é de circo sabe: o espetáculo não pode parar.
Junto com a equipe italiana, times como Renault, BMW, Toyota e Red Bull também já ameaçam deixar a categoria caso o orçamento seja mesmo limitado. Os argumentos de parte a parte são muito fortes.
Por um lado a FIA alega que os orçamentos excessivamente elevados comprometem, numa relação dialética, a própria categoria: equipes gastando cada vez mais para serem competitivas deixam sem chances equipes com orçamentos menores que, assim, acabam abandonando o esporte, destruindo-o. Esse espetáculo se desenha desde o final dos anos 80, com a desistência de equipes como Tyrrel, Brabham, Lotus, Jordan e Ligier, prá citar somente as que chegaram a vencer corridas. Nessa temporada de 2010, com a dramática desistência da Honda, o grid de largada correu sério risco de ficar reduzidos a ridículos 18 carros.
Por outro lado, as equipes alegam que é da própria natureza da competição a busca pelos melhores resultados, e a dedicação de investimentos para isso. Além desse fator, há a dificuldade de se auditar o quanto cada equipe efetivamente gastou durante uma temporada, já que caixa 2 não é privilégio de empresas brasileiras.
De tudo e por tudo, porém, a pior parte é a proposta da FIA: as equipes que gastarem até o limite poderiam usar recursos avançados em seus carros. As demais ficam impossibilitadas. Haveriam, assim, duas categorias: os Fórmula 1 Ricos, mas pesadões e ultrapassados, e os Fórmula 1 Pobres mas esbeltos e atualizados.
Parece-me uma total falta de cérebro. Mas vindo da mesma fonte que quis decidir o campeão mundial pelo número de vitórias, nem devia espantar mais ninguém.
Torço para que se entendam. Para que encontrem a melhor forma de limitar os gastos - talvez restringir o uso de materiais, padronizar equipamentos (a centralina e os pneus já são padrões. Os freios poderiam ser. Que tal oferecer opções padrão para motores e cambio?) bem como organizar melhor as corridas e as acomodações dos membros das equipes para reduzir os custos das viagens - e assim permitam que a categoria máxima do automobilismo internacional continue existindo, e quiçá saia até mais fortalecida do processo.
Porque a Fórmula 1 é um Grande Circo. E quem é de circo sabe: o espetáculo não pode parar.
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