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sábado, 11 de julho de 2009

Duas da Política Nacional. Uma da política regional.

Hoje amanheci na expectativa de assistir aos treinos classificatórios para o GP da Alemanha de Fórmula 1.

Como eu gosto muito de assistir às corridas de carros, essa deveria ser uma manhã feliz. Mas caí na bobagem de ir à internet antes. Aí duas notícias da política nacional e uma da política regional acabaram com a minha felicidade.

Primeiro foi a proposta do ilustre deputado Luciano Castro (PR-RR), apresentado nesta quarta-feira na Comissão Especial de Perda de Mandato (PEC 42/95). Ele propõe que, ao invés de perder o mandato por infidelidade partidária, os deputados tenham o direito de trocar de partido uma vez.

Acho que não se apercebeu, o iluminado deputado, que uma vez é mais do que suficiente. Dá para o deputado sair de um grupo (normalmente da oposição) para outro grupo (normalmente da situação).

Quando isso acontece, frustra-se totalmente a vontade do eleitor, que havia eleito um deputado de um partido de oposição (ou de situação) e vê a representação desse deputado ir de encontro à sua vontade.

Assim, a proposta do eminente deputado simplesmente descaracteriza a luta cidadã pela democracia.

O segundo assunto que me irritou foi sobre o "rumor em Brasília que Lula poderá ser vice de Dilma em 2010. E segundo informações não existe nenhum empecilho legal, a lei permite.".

Não creio que seja legalmente possível. Mas se for, ou seja, se a lei não proíbe, então defendo que ele tenha o direito.

Mas a lei, nesse caso, seria absurda. Porque na prática permite reeleições sucessivas. Porque no caso de afastamento da Dilma o Lula estaria voltando ao mandato. Porque essa lei permitiria que um presidente "fantoche" atuasse como laranja do "verdadeiro presidente" que ainda permaneceria no poder.

Seria um absurdo. Mas toda essa lei que permitiu o expediente da reeleição no Brasil é absurda. Em conteúdo e, principalmente, na forma como foi aprovada. Assim, não me surpreenderia se esse fosse o caso.

Finalmente, a ida do Parque Tecnológico da Bahia para Salvador. Deixando Ilhéus a ver navios. Isso se navios ainda houverem na cidade, pois começo a temer que não haverá Porto para eles.

O Parque Tecnológico como instrumento é estrategicamente muito valioso. Posso citar o caso de Campina Grande, na Paraíba, que em menos de 20 anos se tornou um dos centros mais produtivos de pesquisa tecnológica do mundo. Porque tinha uma boa universidade, e agregou a isso o Parque Tecnológico.

Poderia ser uma boa oportunidade para Ilhéus. Mas foi perdida. De novo.

Ainda há espaço para alguma luta: pode-se tentar trazer uma extensão do Parque para o Sul da Bahia. Mas é necessário articulação e força política. Não sei se há fôlego para isso em Ilhéus.

Vou assistir à Fórmula 1. Eu gosto muito de política. Mas tem dias que é o contrário.

Eu odeio política.

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