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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Soneto

Lição

Se há um dia que é feito de erro
Também havia de haver o de acertar
Mas acerto que possa reparar
O que esteja torto, sem conserto

Se há um tempo que se fez errado
Que seja então, o Tempo, consertado
Erro passado que insiste, até o presente
Pois o Tempo não mata o erro, persistente

Não te atreves pois, a apostar e errar!
Porque a vida segue, como um rio zangado
E a água só vai, sem voz e sem pecado

Se tens desejo de água limpa e boa
Te lembra disso, toda vida, e sempre
O Rio não se arrepende. A água não perdoa.


Álvaro Vinícius de Souza Coêlho

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