Já expliquei os motivos pelos quais eu considero inválida a afirmação da Ex-secretária Lina Vieira, afirmando que ela se encontrou com a Ministra Dilma Rousseff para ser pressionada.
Leia aqui.
E agora há novos indícios que explicariam, não só a motivação da ex-secretária, como o que de fato aconteceu. Ouçam essa entrevista, numa emissora da Rede Globo, em que três convidados desmentem categoricamente as alegações da Secretária e esclarecem, entre outras coisas, que:
a) A Sra. Lina Vieira foi demitida por incompetência - não conseguiu, com sua equipe, preparar o planejamento da arrecadação para 2009. Com isso a arrecadação da Receita caiu em 2009, num percentual muito maior do que a redução do PIB nacional.
b) A Sra. Lina Vieira, sim, politizou a receita, pois nomeou para sua equipe uma série de pessoas que são ligadas a ela e ao sindicato que ela compõe, cuja qualidade técnica é contestável.
c) O famoso "pedido de demissão coletiva" dos antigos superintendentes foi apenas uma antecipação para demissões que ocorreriam. Todos pelo mesmo motivo da Sra. Lina: incompetência.
d) Cabe ao ministro da fazenda escolher o secretário da Receita. Isso é atribuição constitucional, não ingerência política.
e) A alegação de que, na gestão da Sra. Lina Vieira, houve um aumento na arrecadação dos grandes contribuintes é falsa, como mostra o ex-secretário da receita (do tempo de FHC), Sr. Everardo Maciel.
f) Everardo Maciel esclare também que a mudança do regime de caixa da Petrobrás não tem nada de irregular, é uma regra criada em 1999 para que as empresas possam enfrentar problemas de desvalorização do Real, e que trata-se de um boato que foi criado para justificar a queda da arrecadação na gestão Lina. Naturalmente, explica o ex-secretário, a queda tem muitos outros fatores que a explicam, entre os quais a crise. Mas a competência da ex-secretária deixou a desejar.
g) Esclarecem também os entrevistados que a Sra. Lina Vieira teria cometido prevaricação, caso a reunião tivesse ocorrido e ela não denunciasse imediatamente.
Assistam o vídeo e entendam.
Mas não considerem o que Mônica Waldvogel diz no início: há uma clara distorção do real conteúdo da entrevista.
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