Com certeza Salvador esteve de fora do circuito do automobilismo nacional por um tempo excessivamente longo e inexplicável. Como uma capital importante – a mais importante do Nordeste – há que existir, em todas as principais categorias do automobilismo nacional, pelo menos uma prova que seja disputada na Bahia.
Salvador como candidata natural, embora a alternativa de usar outras cidades do estado também deva ser estudada, a exemplo do que já ocorre no Rio Grande do Sul e no Paraná, que realizam provas automobilísticas em diferentes cidades do interior. Seria muito bom haver um autódromo em Ilhéus, por exemplo.
O fato, porém, é que o circuito que foi desenhado no CAB (Centro Administrativo da Bahia) é algo de lastimável. Chegou-se ao ponto de determinar a proibição de ultrapassagens na reta principal, bem como impor uma chicane (com zebras altas) que na prática impedia ultrapassagens na reta oposta.
Não precisava ser bidu para prever o que aconteceria: a prova foi uma verdadeira procissão, com os carros andando em fila indiana (nem na largada os carros estiveram lado a lado). Os momentos mais emocionantes ficaram por conta da rodada de Starustick e dois abandonos de pilotos que estavam na primeira posição, o que acabou dando a vitória a Cacá Bueno.
Fila de Carros na Stock Car em Salvador
Mas nem tudo são espinhos. O público compareceu e lotou as dependências do circuito, e os promotores gostaram muito dos resultados. Salvador (e a Bahia toda, provavelmente) tem potencial para ser um dos endereços mais atraentes no automobilismo nacional e quiçá internacional, já que há a possibilidade (infelizmente muito improvável) de trazer a Fórmula Indy para a capital baiana.
Mas se a infra-estrutura de apoio foi perfeita, com a excelente rede hoteleira de Salvador e os ótimos serviços prestados pela organização, no suporte à própria corrida, com atendimento médico, sinalização, etc., o traçado em si precisa ser revisto. A Bahia precisa de um autódromo.
A idéia seria construir um autódromo de porte internacional, com múltiplos traçados diferentes (incluído um oval externo para as provas da Indy) e proporcionar um palco para excelentes disputas automobilísticas.
Porque a seria muito bom haver, na Bahia, corridas de automóvel durante todo o ano. Mas tem que ser corrida mesmo.
De procissão bastam as do Bonfim e de Bom Jesus dos Navegantes.
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