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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Stock Car

Haver a prova da Stock Car em Salvador é uma coisa excelente para todos os baianos. E para a categoria, que há muitos anos não corria no Nordeste, em virtude do lastimável estado dos autódromos de Caruaru e Fortaleza.

Com certeza Salvador esteve de fora do circuito do automobilismo nacional por um tempo excessivamente longo e inexplicável. Como uma capital importante – a mais importante do Nordeste – há que existir, em todas as principais categorias do automobilismo nacional, pelo menos uma prova que seja disputada na Bahia.

Salvador como candidata natural, embora a alternativa de usar outras cidades do estado também deva ser estudada, a exemplo do que já ocorre no Rio Grande do Sul e no Paraná, que realizam provas automobilísticas em diferentes cidades do interior. Seria muito bom haver um autódromo em Ilhéus, por exemplo.

O fato, porém, é que o circuito que foi desenhado no CAB (Centro Administrativo da Bahia) é algo de lastimável. Chegou-se ao ponto de determinar a proibição de ultrapassagens na reta principal, bem como impor uma chicane (com zebras altas) que na prática impedia ultrapassagens na reta oposta.

Não precisava ser bidu para prever o que aconteceria: a prova foi uma verdadeira procissão, com os carros andando em fila indiana (nem na largada os carros estiveram lado a lado). Os momentos mais emocionantes ficaram por conta da rodada de Starustick e dois abandonos de pilotos que estavam na primeira posição, o que acabou dando a vitória a Cacá Bueno.

Fila de Carros na Stock Car em Salvador

Não houve, com certeza, uma corrida de automóveis menos atraente nos últimos anos. Nem na Stock nem em categoria nenhuma, com toda certeza. Tédio que, aliás, já havia sido o principal resultado da tentativa de fazer uma prova da antiga Fórmula Renault, daquela feita num circuito desenhado na cidade baixa.

Mas nem tudo são espinhos. O público compareceu e lotou as dependências do circuito, e os promotores gostaram muito dos resultados. Salvador (e a Bahia toda, provavelmente) tem potencial para ser um dos endereços mais atraentes no automobilismo nacional e quiçá internacional, já que há a possibilidade (infelizmente muito improvável) de trazer a Fórmula Indy para a capital baiana.

Mas se a infra-estrutura de apoio foi perfeita, com a excelente rede hoteleira de Salvador e os ótimos serviços prestados pela organização, no suporte à própria corrida, com atendimento médico, sinalização, etc., o traçado em si precisa ser revisto. A Bahia precisa de um autódromo.

A idéia seria construir um autódromo de porte internacional, com múltiplos traçados diferentes (incluído um oval externo para as provas da Indy) e proporcionar um palco para excelentes disputas automobilísticas.

Porque a seria muito bom haver, na Bahia, corridas de automóvel durante todo o ano. Mas tem que ser corrida mesmo.

De procissão bastam as do Bonfim e de Bom Jesus dos Navegantes.

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